Uma das áreas visadas com prioridade é o cooperativismo, que atua na organização de cadeias produtivas essenciais na busca de soluções econômicas e sociais
O governo do Amazonas vem atuando fortemente na capacitação do homem do campo por meio de programas que abrangem transmissão de técnicas de plantio, de criatórios animais (psicultura, avicultura, bovinocultura) e de manejo sustentável visando garantir ao produtor avanços nas condições de sanidade familiar, manejo sustentável por meio de técnicas avançadas de integração lavoura, pecuária, floresta, fundamentais à lucratividade de suas atividades e, portanto, à geração de emprego e renda. Uma das áreas visadas com prioridade é o cooperativismo. Com efeito, no último dia 30 de maio a Sepror participou, na ALEAM, de Audiência Pública promovida pela Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo do Estado do Amazonas (FRENCOOP-AM) em parceria com a Organização das Cooperativas do Brasil no Amazonas (Sistema OCB-AM)). Pilar fundamental do agronegócio nacional, o cooperativismo atua na organização de cadeias produtivas essenciais na busca de soluções econômicas e sociais abrangendo desde a piscicultura, fruticultura, laticínios, agricultura familiar, pecuária, acesso a crédito rural, regularização fundiária e ambiental. Participaram do evento líderes cooperativistas, técnicos e gestores da Sepror, Idam, Sebrae, Faea-AM e Senar.
O Amazonas, por meio da CIAMA, vem, simultaneamente, realizando cursos e treinamentos centrados na transmissão de técnicas de processamento industrial e de comercialização de produtos da agricultura familiar, como citros e açaí. Enquanto isso, a Sepror trabalha a viabilização do programa “Combate ao Desperdício e à Perda de Alimentos (Pcodepa)”. Nessa linha, realizou, em parceria com a Prefeitura de Presidente Figueiredo, no período de 20 a 22 de junho, cursos especializados e treinamentos de campo sobre aproveitamento integral de alimentos. Prioridades: criação de pratos comestíveis e a destinação correta de resíduos alimentares para a geração dos adubos orgânicos.
Por outro lado, no dia 5 de junho, a Sepror, em parceria com a Sedecti e a coordenação da incubadora de empresas da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) abriram agenda executiva para discutir questões relativas a inovações tecnológicas para o setor primário. O programa visa, basicamente, incentivar a formação de startups direcionadas ao desenvolvimento de produtos derivados de fibras naturais, produção de doces, sistema de gerenciamento logístico de embarcações fluviais, produção de mingau instantâneo regional, bioembalagens compostáveis, coleta seletiva de resíduos sólidos entre outros.
O secretário de Produção Rural, Petrucio Magalhães Júnior, representando o governador do Estado, Wilson Lima, participou em Brasília, no último dia 27, da solenidade de lançamento do Plano Safra 23/24, que mobiliza recursos da ordem de R$ 364,2 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. O Amazonas dispõe no exercício corrente de R$ 2,2 bilhões, sendo R$ 1,0 bilhão via Banco da Amazônia; R$ 1,0 bilhão pelo Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob), Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) e Cooperativa de Crédito (Cresol); Banco do Brasil – R$ 190 milhões e Afeam – R$ 72 milhões. A ênfase, ao que anunciou o governador Wilson Lima, é o fortalecimento de sistemas de produção ambientalmente sustentáveis.
Levando em conta o trabalho do Sebrae/Faea/Senar, com apoio da Sepror, centrado no ajustamento do setor ao padrão tecnológico brasileiro, especialmente em relação ao fortalecimento da bacia leiteira da região metropolitana de Manaus, Muni Lourenço Filho, presidente da Federação da Agricultura do Amazonas (FAEA), considera que “a pecuária amazonense tem tido avanços e esse intercâmbio tecnológico proporcionados pelas missões, destacando-se a Megaleite 2023; participação em feiras e dias de campo organizados pelo Sebrae-AM tem contribuído substancialmente para esse desenvolvimento, afinal a Megaleite é o maior evento da pecuária de leite da América Latina”.
Sobre o autor
Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALCEAR), do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA/INPA) e do Conselho Regional de Economia do Amazonas (CORECON-AM).
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