Os itens são tradicionalmente usados pelos povos indígenas como forma de pinturas corporal e para a confecção de artesanatos.
Com a proposta de valorizar elementos, tradições e aspectos cotidianos dos povos indígenas e ribeirinhos da região amazônica, a nova edição do reality ‘No Limite‘, da TV Globo, dividiu as duas equipes participantes inspirada em frutas tipicamente amazônicas.
O urucum e o jenipapo são frutas tradicionalmente usadas pelos povos indígenas como forma de pinturas corporal e para a confecção de artesanato. Mas as funcionalidades e usos dessas frutas são diversas. Confira:
Urucum
Rico em benefícios para a saúde e utilizado também como forma de prevenção de doenças crônicas, o nome ‘urucum‘ vem do ‘uru’ku’ da língua tupi-guarani e significa ‘vermelho’.
Para além da pintura corporal, ele é utilizado no segmento têxtil, para fabricação de roupas; cosméticos, em batons, esmaltes e maquiagens; e na indústria alimentícia, através do colorau.
Sua utilização na culinária apresenta diversos benefícios para o corpo como propriedades antibacterianas e antioxidantes.
Jenipapo
Também derivado do guarani, significa “fruta que serve para pintar”. Apesar da coloração verde, a partir do fruto, extrai-se uma tinta com a coloração azul-escuro que pode ser utilizada para a pintura corporal, de cerâmicas e até paredes.
A coloração azul pode ser explicada por conta do contato da genipina (composto químico contido na fruta) com as proteínas da pele com a ação do oxigênio presente na atmosfera.
A fruta pode ser encontrada em toda a área da Amazônia Internacional, nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, principalmente em lugares mais úmidos, como igapós.
Na medicina caseira, o jenipapo apresenta diversos benefícios. De seu tronco, é possível fazer um chá indicado para tratar de úlceras e faringite. As folhas têm propriedades contra diarreia e sífilis. As frutas, por sua vez, podem ser usadas para tratar anemia, icterícia, asma e problemas do fígado e baço.
Além disso, também é muito utilizado na alimentação, como na produção do ‘pão azul’:
E aí? Já conhecia os dois? Os frutos escolhidos lembraram mais alguma coisa típica da região?