Trilha Amazônia Atlântica fortalece turismo de natureza em comunidades no Pará

A ideia da “Trilha” surgiu em julho de 2020 por um grupo de amigos, que juntos discutiam a possibilidade do projeto no nordeste paraense

No nordeste paraense, percorrendo ramais e trilhas por meio da floresta de terra firme, campos naturais e o litoral atlântico da Amazônia, a Trilha Amazônia Atlântica conecta esses espaços, possibilitando explorar o patrimônio natural e cultural da região. Com mais de 400 km, desde Benevides até o município de Viseu, a trilha é uma oportunidade de fazer turismo na natureza e beneficiar, economicamente, dezenas de comunidades.

A Secretaria de Turismo do Estado (Setur) é parceira das prefeituras locais e de voluntários, e tem atuado na elaboração de um projeto para o apoio técnico de qualificação das pessoas e serviços ao longo da trilha, sinalização, que já está com cerca de 100 km concluídos, além de articulação com órgãos do meio ambiente para projetos de valorização ambiental ao longo do percurso.

“O grande objetivo disso tudo é aumentar e diversificar a demanda turística em áreas naturais no Estado, para atender esse novo público que está se formando com as tendências de sair dos grandes centros, fugir de aglomeração e vida ao ar livre”, afirma o Coordenador de Segmentação de Produtos Turísticos da Setur, Allyson Neri

A ideia da “Trilha” surgiu em julho de 2020 por um grupo de amigos, que juntos discutiam a possibilidade do projeto no nordeste paraense, pensando em auxiliar os serviços em torno do ecoturismo. Com o objetivo de trazer uma experiência diferente para o visitante e, consequentemente, gerar renda para as comunidades.

“Os pilares da trilha Amazônia Atlântica são: geração de renda, recreação e a conservação. A gente entende que o desenvolvimento em base mais sustentável, vem com geração de renda, com recreação, da qualificação dessa experiência das pessoas ao ar livre. Então, o nosso objetivo é a criação de um grande corredor ecológico, conectando as reservas extrativistas no litoral atlântico do território paraense até a região metropolitana de Belém”, conta Júlio Meyer, coordenador geral da Trilha Amazônia Atlântica e diretor de Trilhas Nacionais da Rede brasileira de Trilhas.

A trilha pode ser acessada por Benevides – Região Metropolitana de Belém – onde é possível chegar na comunidade Maravilha, em Santa Izabel do Pará. São cerca de 30 comunidades em 14 municípios. “A ideia é que qualquer um possa fazer a trilha a qualquer momento, nós não promovemos os eventos de ciclistas, por exemplo, podemos apoiar, mas não é nosso objetivo executar esses eventos esportivos. O que nós queremos é uma trilha toda sinalizada, onde qualquer um pode ir 365 dias ao ano”, ressalta Júlio Meyer.

Júlio Meyer destaca que a experiência das pessoas em um ambiente natural é uma questão muito importante. “É por meio dessa experiência mais qualificada que a gente vai ter uma valorização maior da biodiversidade. A nossa ideia é, de fato, qualificar essa experiência, esse turismo de base comunitária, de aventura, tem que ser feito da melhor forma. Isso engaja as pessoas na causa ambiental, leva uma consciência, educação ambiental para as pessoas. É muito importante a gente ver que a trilha Amazônia Atlântica funciona também como um grande equipamento de educação ambiental”, declara Júlio Meyer.

Em breve, será possível que os caminhantes, ciclistas e turistas tenham acesso à informação sobre os serviços ofertados ao longo da trilha, bem como conhecer os atrativos naturais e culturais da Trilha Amazônia Atlântica. 

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