Teatros da Amazônia são candidatos a Patrimônios Mundiais

Representantes do Amazonas, do Pará e do Iphan buscam reconhecimento do Teatro Amazonas (AM) e do Theatro da Paz (PA).

Na corrida pelo reconhecimento do Teatro Amazonas (AM) e do Theatro da Paz (PA) como patrimônio mundial pela Unesco, a delegação com representantes da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas e do Pará, além do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), encontraram-se nesta quinta-feira (14/12) para uma visita técnica ao Teatro Amazonas.

Segundo a coordenadora-geral de cooperação internacional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Juliana Izete, o encontro foi um marco importante para dar o pontapé inicial ao processo de candidatura a Patrimônio Mundial desse bem seriado, que são os dois teatros da Amazônia.

“É um prazer imenso estarmos neste momento iniciando esse processo, que é um longo processo, sim, é um processo técnico, é um processo político, é um processo de mobilização de agentes e para o Iphan e o Ministério da Cultura é um prazer representarmos o Estado brasileiro junto à Unesco nesse momento de retomada das candidaturas à convenção de proteção do patrimônio mundial cultural e natural”, afirmou a representante do Iphan.

Teatro Amazonas (esquerda) e Theatro da Paz (direita). Fotos: Michael Dantas/Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas e Reprodução/Semas Pará

Na ocasião, o secretário Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Marcos Apolo Muniz, celebrou a parceria com o governo do Pará e destacou a importância da participação da sociedade civil para a efetivação da candidatura de ambos os teatros, que reconhecem o valor da população não só como um recorte cultural, mas como um recorte econômico acima de tudo.

“A gente já recebe aí pessoas do mundo inteiro que têm esse sentimento de poder conhecer esses lugares e conhecer a história dos nossos Estados através desses dois teatros históricos. Então, fica aqui também o compromisso do Estado e do Governo do Amazonas em não medir esforços com toda a sua equipe para que nos próximos anos a gente possa criar todas as condições técnicas para concluir todo esse processo necessário para essa candidatura”, ressaltou Marcos Apolo.

Para Rebeca Ribeiro, diretora do departamento de patrimônio histórico, artístico e cultural da Secretaria de Cultura do Pará, é o início de muito trabalho pela frente. “É o início de muito planejamento que nós temos para os próximos quatro anos. E representando aqui a Secretaria, posso dizer que o Governo do Estado do Pará vai estar empenhado e dando o seu máximo para que a gente consiga daqui a quatro anos, se Deus quiser”, prometeu a diretora.

Voz e vez para a Amazônia 

“Nós contamos a nossa história através dos nossos teatros. E a importância de nós começarmos a dar nome e rosto àquilo que nós representamos enquanto Amazônia é muito importante, porque causa equilíbrio. E o governo federal hoje vem em busca justamente de dar voz e vez ao Norte e à Amazônia”, 

enfatizou a Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Pará, Cristina Vasconcelos.

De acordo com Cristina, o Theatro da Paz e o Teatro Amazonas são uma história interligada que não se pode desmistificar, nem desunir.

“Agora é o momento de união. A história é única, os teatros são do mesmo período, são compostos da mesma história e do nosso povo. Quando a gente fala do povo da Amazônia, a gente precisa ter orgulho de onde a gente está. E fazer com que o mundo entenda a importância dos nossos dois teatros é algo principal de toda essa união de forças”, concluiu a superintendente. 

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