Proa de navio do século XIX descoberta durante obra em Belém é removida para restauro

A peça histórica possui cerca de 22 metros de comprimento e passará por restauro.

Foto: Cristina Vasconcelos/Iphan

A proa de um navio do século XIX, encontrada em agosto de 2024 durante as obras de construção do Parque Linear da Doca, em Belém (PA), foi removida no dia 17 de janeiro para estudo e restauração.

O resgate do achado arqueológico, coordenado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pela Secretaria de Estado de Obras Públicas do Pará (Seop), está sendo realizado em três etapas, com retirada de uma parte da peça em cada uma delas. As duas primeiras etapas foram concluídas com sucesso, e a terceira e última está prevista para esta semana. 

Após a conclusão da remoção, o Iphan supervisionará a conservação e a restauração, que serão executadas por uma equipe contratada pelo governo estadual. Esse trabalho será realizado em um laboratório provisório, montado no estacionamento de uma universidade particular, onde a proa está sendo acondicionada. 

A peça, com dimensões de aproximadamente 22m de comprimento, 7m de largura e 2,25m de profundidade, tem passado por uma complexa operação de remoção ao longo de cinco meses. O trabalho envolve uma equipe multidisciplinar composta por 15 profissionais incluindo arqueólogos, arquitetos, conservadores e técnicos, além de mais de 30 pessoas que atuaram no transporte dos fragmentos do local de escavação para a área do laboratório.

A operação está sob responsabilidade da empresa encarregada pela construção do Parque Linear da Doca, localizado no trecho inicial da Avenida Visconde de Sousa Franco. 

Foto: Cristina Vasconcelos/Iphan.
Foto: Cristina Vasconcelos/Iphan

O Iphan acompanha de perto todo o processo, oferecendo fiscalização, orientação e suporte técnico aos pesquisadores e à empresa responsável, assegurando a máxima preservação da peça. Após conclusão do restauro e dos estudos, está prevista uma exposição dos artefatos no Porto Futuro 2, novo espaço de lazer em construção na área portuária de Belém. 

Os estudos iniciais indicam que a peça arqueológica pertence a uma embarcação de ferro, possivelmente ligada ao antigo Igarapé das Almas, e remonta ao comércio fluvial do século XIX na capital paraense.

*Com informações do Iphan

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pesquisa sobre qualidade da água em Manacapuru é selecionada para apresentação em congresso nos EUA

A pesquisa tem como objetivo investigar a relação entre o acesso e o consumo de água não tratada e a infecção por parasitoses.

Leia também

Publicidade