Parque Estadual de Monte Alegre preserva sítios arqueológicos mais antigos da Amazônia

Há 22 anos, Unidade de Conservação no Pará guarda vestígios da presença humana na região de mais de 12 mil anos.  

Uma das principais Unidades de Conservação (UC) completou recentemente 22 anos de criação: o Parque Estadual de Monte Alegre, no oeste paraense. São mais de duas décadas de esforços contínuos para proteger e preservar os sítios arqueológicos mais antigos da Amazônia, que possuem mais de 12 mil anos.

Localizado no município de Monte Alegre, o Parque Estadual abrange uma área de 36,78 quilômetros quadrados (km²), cerca de 3,6 mil hectares. Sua importância histórica e arqueológica é inestimável, abrigando vestígios da presença humana pré-histórica na região.

Foto: Divulgação/Agência Pará

Os sítios arqueológicos encontrados na UC são testemunhos de civilizações antigas. Com pinturas rupestres, cerâmicas, artefatos e estruturas arquitetônicas, esses sítios fornecem valiosas informações sobre a história e a cultura dos povos que viveram na Amazônia há mais de 12 mil anos.

Foto: Divulgação/Agência Pará

Referência 

A criação do Parque Estadual de Monte Alegre, em 2001, foi um marco para a preservação desses sítios arqueológicos e da rica biodiversidade da região.

O Ideflor-Bio assumiu a responsabilidade de proteger e promover o manejo sustentável dessas áreas, buscando conciliar a preservação do patrimônio cultural com o desenvolvimento socioeconômico.

O gerente da Região Administrativa da Calha Norte II (GRCN II), Jorge Braga, destaca que ao longo desses 22 anos o Instituto tem trabalhado em parceria com pesquisadores, instituições governamentais e a comunidade local para promover a conservação desse patrimônio e conscientizar sobre sua importância histórica e cultural. “Além disso, nossa UC tem implementado medidas de controle e fiscalização para combater queimadas e garantir a integridade dos vestígios arqueológicos”, ressalta. 

Biodiversidade 

A preservação do Parque Estadual de Monte Alegre não se limita apenas aos sítios arqueológicos. A UC também abriga uma diversidade de ecossistemas, como floresta densa, campos rupestres e formações rochosas. 

Essa variedade de habitats é essencial para a manutenção da biodiversidade local, que inclui espécies ameaçadas de extinção, como o macaco-aranha (Ateles paniscus) e a onça-pintada (Panthera onca). 

Foto: Divulgação/Agência Pará

Reconhecimento mundial

O parque é o único Patrimônio Cultural Material brasileiro que foi selecionado pelo programa internacional ‘World Monuments Watch, da organização sem fins lucrativos World Monuments Fund (WMF), em 2022, como um dos 25 monumentos mundiais de valores culturais inestimáveis para receber apoio da organização. 

Foto: Divulgação/Agência Pará

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