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Manaus (AM) recebeu a primeira mostra de cinema ‘Cine Hermano’ no dia 13 de dezembro, resultado de uma oficina de produção audiovisual com celulares que envolveu jovens migrantes e refugiados, além de manauaras. O evento foi uma celebração da diversidade cultural, com a exibição de 12 curtas-metragens produzidos pelos participantes, entre eles, jovens haitianos, venezuelanos e amazonenses.
“Um projeto como esse é fundamental para demonstrar a união dos povos. Ao longo das oficinas, ouvimos muitas histórias de vida que se transformaram em pequenos grandes filmes, dando voz a esses jovens e permitindo que eles compartilhassem suas experiências com o público”, destacou Keylla Gomes, coordenadora da oficina de cinema.
A oficina foi uma iniciativa da Fundação Pan-Americana para o Desenvolvimento (PADF), organização sem fins lucrativos que atua na América Latina e no Caribe. O projeto contou com 44 alunos, que aprenderam desde a concepção de ideias e roteiros até a produção, captação e edição de vídeos, utilizando apenas celulares.
“Participar de um projeto como esse foi uma grande experiência. Trabalhar com um grupo de alunos dedicados e criativos foi inspirador, e o resultado final superou todas as expectativas”, destacou Anderson Mendes, oficineiro.
Joaquim Joseph, um dos alunos haitianos, compartilhou sua satisfação em participar do projeto: “Comecei pensando no roteiro e nos personagens, e depois filmamos. Fiquei muito feliz ao ver nosso filme pronto na tela. Foi uma experiência incrível”.
Ao longo de duas semanas intensivas de aulas, os participantes puderam se aprofundar nas técnicas do audiovisual, ao mesmo tempo em que tiveram a oportunidade de expressar suas culturas e vivências por meio do cinema.
“Durante essas duas semanas, nossos alunos aprenderam as técnicas do audiovisual para desenvolver suas histórias e mostrar suas culturas através do cinema. Foi uma experiência enriquecedora tanto para os participantes quanto para os oficineiros”, Ana Paula Angiole, coordenadora da PADF em Manaus.
O Cine Hermano se consolidou como um projeto pioneiro, que uniu cinema e integração cultural, proporcionando aos jovens migrantes e amazonenses a oportunidade de se expressarem e serem ouvidos.