Os nomes artísticos muitas vezes escondem histórias curiosas e com significados pessoais. Por trás desses nomes consagrados nos palcos, existem histórias de identidade cultural que revelam um pouco mais sobre suas trajetórias.
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Nesta série, o Portal Amazônia procurou artistas dos estados na Amazônia Legal que adotaram esses nomes diferentes dos próprios para seguir carreira. Conheça alguns dos mais populares no Amapá:
Tani Sereia
Tânia Fátima, conhecida como Tani Sereia, é uma cantora e compositora amapaense considerada uma voz promissora na região. Tânia carrega em seu nome de batismo um significado especial, já que o ‘Fátima’ foi uma promessa feita por sua mãe a Nossa Senhora de Fátima antes do seu nascimento.
Na infância, a artista era chamada de ‘Taninha’, porém, durante a adolescência, uma amiga resolveu encurtar ainda mais o apelido, chamando-a de ‘Tani’. O novo nome pegou e acabou se tornando a forma como passou a ser conhecida, tanto na vida pessoal quanto na artística.
‘Tani’, segundo ela, é um nome que transmite suavidade, algo que a artista considera positivo, principalmente quando entra em contraste com a potência da sua voz nos palcos.
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“Acho que o nome curto e diferente ajuda a ser lembrado e a estabelecer identidade, além do elemento surpresa, ‘Tani’ transmite uma doçura, o que causa catarse quando a voz também marcante ecoa pelos palcos”, explica a cantora.
O ‘Sereia’, por sua vez, nasceu de uma ligação afetiva com as águas. Desde pequena, Tani sempre sentiu uma conexão especial com rios e mares, e a figura mitológica da sereia sempre exerceu fascínio sobre ela.
“A sereia sempre foi a figura mitológica que eu mais me identifiquei desde criança, além de ter toda a magia envolvendo a voz das sereias, que têm o poder de encantar pelo canto e até de levar os pescadores para fundo consigo”, conta a artista.
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Nivito Guedes
Natural de Macapá, Hernani Vitor Carrera Guedes, conhecido como Nivito Guedes, é um cantor, compositor, violinista e um dos grandes nomes amapaenses.
O nome artístico adotado pelo cantor une partes do próprio nome: ‘Ni’ de Hernani e ‘vito’ de Vitor, formando Nivito, acompanhado do sobrenome Guedes.

Conhecido pelo estilo único de tocar violão, Nivito construiu uma carreira sólida baseada na valorização da cultura amazônica. Com influências que vão do Marabaixo e Batuque, folclores tradicionais do Amapá, ao Carimbó paraense, passando pelo Merengue caribenho e pelo swing romântico, o artista desenvolveu uma sonoridade que mistura ritmos indígenas, caribenhos e brasileiros.
O artista possui três álbuns autorais, Todas as Luas, Tô em Macapá e uma coletânea com músicas apresentadas em festivais no Amapá e em outros estados. Em suas obras o artista reflete não apenas a sua identidade artística, como também a diversidade cultural da região.
*Por Rebeca Almeida, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar
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