#Série – Nomes reais de artistas amazônidas: conheça 3 famosos do Acre que mudaram os nomes

Nomes artísticos muitas vezes diferem dos nomes reais, escolhidos pelos artistas como forma de representar a sua personalidade. Você lembra do Diko Lobo?

O Acre, fonte de talentos que ultrapassam fronteiras locais, é berço de diversas personalidades conhecidas. Grande parte desses artistas adotaram nomes artísticos que diferem de seus nomes reais, escolhidos como forma de representar a sua personalidade.

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Nesta série, o Portal Amazônia procurou artistas dos estados na Amazônia Legal que adotaram esses nomes diferentes dos próprios para seguir carreira. Conheça alguns dos mais populares no Acre:

Diko Lobo 

Cledson Castanho, conhecido como Diko Lobo e apelidado de ‘Diquinho’, foi um cantor e compositor de rock regional.

Natural de Cruzeiro do Sul, Diko desenvolveu interesse pela música em 1993, quando ouviu no rádio a música ‘Knockin’ on Heaven’s Door’, do Bob Dylan, interpretada pela banda Guns N’ Roses. 

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Foto: Arquivo pessoal-Diko Lobo

Ao longo da carreira, Diko tinha como referências internacionais bandas como Pink Floyd, Rolling Stones, Beatles, Led Zeppelin, Bon Jovi, Guns N’ Roses e Metallica, além de ícones do rock brasileiro como Raul Seixas, Legião Urbana, Barão Vermelho e Engenheiros do Hawaii. Em suas músicas Diko abordava temas políticos, poéticos, românticos e satíricos.   

O cantor faleceu aos 41 anos em Cruzeiro do Sul, deixando um legado no rock regional. Em seu velório familiares, amigos, fãs e autoridades prestaram homenagens ao artista.   

Leia também: Conheça personalidades do Acre que se destacaram no cenário nacional

Mestre Bima 

Abismar Gurgel Valente, conhecido artisticamente como Mestre Bima, nasceu em Tefé, no Amazonas. No entanto, foi levado ainda bebê com a mãe para os seringais do Alto Rio Envira, no Acre, onde fez muito sucesso. 

Seu Bima, começou a tocar violão aos 10 anos de idade, acompanhando seu pai, José Pedro, mestre em sanfona harmônica. Ainda jovem, tornou-se um dos principais representantes da música popular do Acre. 

Foto: Arison Jardim

O artista foi fundamental na preservação e difusão de ritmos tradicionais com influências indígenas, nordestinas e amazônicas.

Suas composições são marcadas por batuques e uma mistura de batidas rítmicas das comunidades indígenas, com sons nordestinos e outras influências da região norte, o tornando uma referência para músicos e pesquisadores da cultura popular. 

Glória Perez 

Fugindo do núcleo musical, outra artista acreana usou da criatividade para conquistar o público brasileiro de outra forma: com as novelas. Glória Maria Rebelo Ferrante, conhecida nacionalmente como Glória Perez, nasceu em Rio Branco, no Acre, no dia 25 de setembro de 1948.

O nome artístico adotado, na verdade era o nome de casada. Em 1969, após um ano vivendo juntos, casou-se com o engenheiro Luiz Carlos Saupiquet Perez, com quem teve três filhos (Daniella, Rodrigo e Rafael). Eles se separaram em 1984.

Autora de novelas e minisséries que marcaram a teledramaturgia nacional, Glória viveu em sua cidade natal até os 16 anos, quando se mudou com a família para Brasília, depois para São Paulo, até chegar no Rio de Janeiro, onde consolidou sua carreira. 

Glória Perez autora do Acre
Foto: Reprodução/ Instagram-@Gloriafperez

Formada em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Glória Perez iniciou a carreira como escritora na televisão em 1979, ao escrever uma sinopse para um episódio do seriado ‘Malu Mulher’. Embora o episódio não tenha sido produzido, o texto chamou a atenção de Janete Clair, uma das maiores autoras de novelas do Brasil, que a convidou para ser assistente na novela ‘Eu Prometo’ (1983).

Desde então, acumulou sucessos como ‘Partido Alto’ (1984), ‘Barriga de Aluguel’ (1990), ‘Explode Coração’ (1995), ‘O Clone’ (2001), ‘América’ (2005), ‘Caminho das Índias’ (2009), vencedora do Emmy Internacional, além da minissérie ‘Amazônia – de Galvez a Chico Mendes’ (2007), que homenageia sua terra natal e narra episódios marcantes da história acreana.

*Por Rebeca Almeida, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

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