Narrativas Femininas pelo Mundo: os ricos sabores da gastronomia amazônica

Formigas, raízes, plantas com efeito anestésico e formigante na boca, peixes e frutas exóticas. Assim é descoberta a rica culinária Amazônica.  

A jornalista Paula Cristina segue sua aventura na Amazônia no ‘Narrativas Femininas pelo Mundo‘, mas dessa vez explorando os sabores exóticos de algumas plantas, animais e até insetos nativos.

O episódio dois, transmitido pelo Amazon Sat neste domingo (7), tem como protagonistas quatro mulheres com muita coisa em comum: desde muito cedo começaram a trabalhar e aprenderam a usar os sabores regionais ao seu favor, além do amor expressado pela Amazônia e tudo que ela pode oferecer.

Amazônia, Ivete, Iraci e Clarinda ensinam como a valorização dos sabores da terra pode manter a cultura viva e gerar renda na região. 

Foto: Paula Cristina/Acervo pessoal

Clarinda Ramos é chef de cozinha Sateré-Mawé e fundadora da primeira casa de comida indígena do Brasil. Ela viu no dia a dia de seu povo uma forma de apresentar ao mundo um pouco da sua cultura e expressar o que, segundo ela, é um ato de resgate dessa cultura. 

“Eu quis trazer tudo aquilo que deixamos para trás por opressão. Nós indígenas somos um povo que sofremos muita opressão até hoje. Nós criamos essa casa de comida indígena para falar da nossa cultura através da nossa comida,  mostrar o quanto cada produto tem um significado para nós”, esclareceu a chef. 

Paula Cristina relata o que sentiu ao experimentar os produtos diversificados deste episódio, desde as cachaças apresentadas por Amazônia, feirante a mais de 50 anos do Mercado Adolpho Lisboa ao x-caboquinho super recheado de dona Iraci da feira do Parque 10, em Manaus. Essa foi a primeira vez que Paula provou um fruto típico da região: o tucumã.

Ela também experimentou o famoso tacacá de Ivete, uma senhora que era professora e largou tudo para viver da venda do que ela chama de ‘melhor tacacá da região’.

Foto: Paula Cristina/Acervo pessoal

“Até hoje eu sonho com o dia em que eu vou poder voltar na Casa de Comida Indígena Biatuwi e me acabar comendo a quinhapira, caldo de peixe apimentado, preparado pela chefe Clarinda Sateré Mawé. Que prato divino. Assim como tudo o que eu comi no Amazonas. Confesso que o jambu causou uma confusão no meu paladar, ainda mais, porque minha primeira experiência foi com a Dona Amazônia, vendedora no Mercado Adolpho Lisboa, que me colocou logo pra beber uma dose de cachaça com jambu, mas no tacacá ele fez toda a diferença, adorei a sensação”, contou Paula. 

Confira mais detalhes dessa aventura gastronômica:

Vídeo: Reprodução/YouTube – Narrativas Femininas pelo Mundo

Programa especial

O ‘Narrativas Femininas pelo Mundo’ ganhou um novo caminho: os episódios que já foram gravados na Amazônia são exibidos pelo canal Amazon Sat. No total, são cinco episódios que reúnem a experiência de Paula pela região.

*Por Karleandria Aarújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

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