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Sexta, 26 Abril 2024

Música e dança: conheça os 7 corpos artísticos do Amazonas

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A cultura é importante para o desenvolvimento de qualquer pessoa. No Amazonas, além de entreter a população, o cenário cultural serve como alicerce para os talentos da terra. 

Por isso, a capital conta com os 'corpos artísticos', que contemplam dança e música. Confira quais são os grupos artísticos do Estado:

Amazonas Band 

A Amazonas Band foi criada no ano 2000, pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), com a missão de difundir a música popular instrumental no Amazonas, privilegiando as vertentes do universo popular.

O grupo era constituído por cinco saxofones, cinco trompetes, quatro trombones, guitarra, piano, baixo, bateria e percussão, além de flauta e uma seção de cordas com oito instrumentistas. Essa formação orquestral manteve-se, sob regência do maestro Sandino Hohagen, até a chegada do maestro Rui Carvalho, em junho de 2001, quando o grupo foi reformulado. A partir de então, a orquestra tornou-se, efetivamente, uma big band.

O repertório foi se tornando cada vez mais inerente aos campos do jazz, da música instrumental brasileira, bem como das diversas expressões dos gêneros pop e caribenho.

Nessa trajetória de quase 20 anos, coleciona participações no Festival Amazonas Jazz e no projeto 'Amazonas Band Convida', eventos nos quais a banda recebeu convidados nacionais e internacionais, como Dave Liebman (condecorado com a Légion d'Honneur pelo estado francês), Bob Mintzer (por várias vezes ganhador do Grammy), Mauro Senise (vencedor de um Grammy), além de grandes solistas, entre eles: Vinícius Dorin (in memoriam), Daniel d'Alcântara e Gilson Peranzzetta, Cláudio Roditi, Leila Pinheiro, John Fechock, Jeremy Pelt e Jimmy Grenne.

Em 2007, o compositor, trompetista e Fullbright Schoolar Daniel Barry esteve presente no Festival Amazonas Jazz, como solista convidado, e dedicou a composição 'Meeting of the Waters' à Amazonas Band.


Entre 2009 e 2013, o grupo registrou em CD a participação de alguns dos seus convidados no Festival de Jazz. Em 2010, foi lançado 'Amazonas Jazz com Vinícius Dorin', gravado ao vivo no ano anterior, na quarta edição do festival; e em 2013 lançou 'Amazonas Band Convida Gilson Peranzzetta e Mauro Senise', gravado ao vivo na sétima edição do festival, em 2012.

Atualmente, o grupo se apresenta com regularidade tanto na capital como no interior do Amazonas. Ensaios acontecem de segunda a quarta-feira, das 19h às 22h, no Teatro da Instalação. (Centro de Manaus).

Amazonas Band. Foto: Divulgação/SEC

Balé Folclórico do Amazonas 

Criado em 2001, o Balé Folclórico do Amazonas (BFA) integra os Corpos Artísticos do Estado com a proposta de resgate das danças tipicamente amazonenses que, aos poucos, estão sendo esquecidas.

A companhia é referência em danças folclóricas, apresentando os elementos das culturas tradicionais da região, como os rituais indígenas e o cotidiano dos ribeirinhos. Seu repertório conta com espetáculos marcantes, como 'Beiradão', 'Herança Africana', 'Cenas Amazônicas', 'Encantos da Amazônia', 'Ritos Amazônicos', 'Bem do interior', 'Causos de Cunhã' e 'Dança do Sol'.

Os ensaios acontecem de segunda a sexta, das 9h às 12h, no Centro Cultural Usina Chaminé.
Foto: Divulgação/SEC

Coral do Amazonas 

Criado em 1997 para atender ao Programa de Música Erudita e Artes da Secretaria de Cultura, o Coral do Amazonas é considerado o grupo mais tradicional do Estado. Até 2016 o coro atuava sob a denominação de Coral do Teatro do Amazonas e, para fazer parte de um Corpo Artístico oficial do Estado, seus integrantes participaram de uma seleção pública. 

A primeira formação do Coral do Amazonas contou com 49 coralistas profissionais, sendo 31 do antigo grupo. Durante 20 anos, o Coral foi dirigido pelo maestro Zacarias Fernandes e, no início de 2018, passou a ter direção musical do maestro Otávio Simões.

Atualmente, o coro é composto por 64 cantores, sendo 17 sopranos, 17 contraltos, 15 tenores e 15 baixos, além de dois pianistas, um maestro assistente e um preparador vocal. Alguns desses profissionais atuam no coro desde a primeira formação.

O Coral do Amazonas faz apresentações no Teatro Amazonas – dentro da programação da Secretaria de Cultura e em conjunto com as orquestras dos Corpos Artísticos estatais –, como no Concerto de Natal e nas séries 'Guaraná' e 'Encontro das Águas'. Também tem atuação nos teatros e centros culturais de Manaus, assim como no interior do Estado. O grupo apresenta grandes obras sinfônicas, música popular e de cinema, além de vasto repertório a cappella e com acompanhamento de piano.

O Coral participa do Festival Amazonas de Ópera desde sua criação, em 1997, sendo o único corpo artístico amazonense que atuou em todas as edições do evento. Tem experiência em cantar em vários idiomas, especialmente italiano, inglês, alemão e francês, que são as línguas principais no mundo da ópera.

Entre seus feitos, destaca-se ainda a gravação da ópera 'Dessana, Dessana', de Adelson Santos, na Sala Cecília Meirelles, no Rio de Janeiro.

Horário dos ensaios: de segunda a sexta, das 8h30 às 11h30, no Centro Cultural Palácio da Justiça.

Foto: Divulgação/SEC

Corpo de Dança do Amazonas

Criado em 1998, o Corpo de Dança do Amazonas (CDA) foi o terceiro grupo constituído de forma profissional pela Secretaria de Cultura, com seleção pública para renovação e contratação de trabalho.

É uma referência em dança contemporânea. Seu repertório conta com mais de 60 obras criadas com a colaboração de artistas do Brasil e do exterior, entre elas:

'Mandala' (de Luiz Arrieta),
'Another time to breath' (de Ronald Brown),
'A Sagração da Primavera' (de Adriana Goes e André Duarte),
'Cabanagem' (de Mário Nascimento),
'Grito Verde' (de Ivonice Satie),
'Romeu e Julieta' (de Olaf Schmidt),
'Carmen Suíte' (de Adriana Goes),
'Rito de Passagem' (de Rui Moreira),
'Xamã' (de Joffre Santos),
'Traços' (de Henrique Rodovalho),
'Um deus doente' (de Sandro Borelli),
'Casardá' (de Alex Soares),
'Petrushka' (de Luiz Fernando Bongiovanni).

Participou de eventos nacionais e internacionais importantes, como Latinidades (2003), Fora do Eixo (2004), Ano do Brasil na França (2005), 2º Encontro de Companhias Públicas de Dança (2007), Projeto Balé Teatro Guaíra & Cias (2014), Música na Estrada (2015, 2016 e 2017), entre outros.

Recebeu convite para participar de festivais nacionais e internacionais, destacando-se: Festival Palco Giratório (2006 e 2011), Festival de Inverno de Campina Grande (2015), Mostra Brasileira de Dança (2015), Festival Amazonas de Ópera (várias edições), Mova-se Festival de Dança (várias edições), Festival Amazonas de Dança (várias edições).

Ganhou prêmios e foi contemplado em editais, dentre os quais: Prêmios Funarte (2004, 2006, 2009, 2014), Sesc Amazônia das Artes (2009) e Ocupação de espaços da Caixa Cultural, com o projeto Um Norte que dança (2016/2017).

Comemorou 20 anos de existência em 2018, com uma série de realizações: apresentação do espetáculo 'Arquitetura do Corpo', no Teatro João Caetano (São Paulo); no projeto Abril para Dança, da Prefeitura Municipal de São Paulo, o que rendeu uma indicação pela Comissão de Dança da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), ao Troféu APCA na categoria 'Melhor Interpretação em Dança'; estreia do espetáculo 'Mata' (de Clébio Oliveira), no palco do Teatro Amazonas, na abertura do 8º Festival Amazonas de Dança; estreia de 'Pássaro de Fogo' (de Sumaia Farias), com a Orquestra Amazonas Filarmônica; e lançamento de um documentário sobre a trajetória do grupo.

O CDA realiza, além de espetáculos, atividades escolares e de experiência profissional com a população, como os projetos 'Dança, arte e escola: Espetáculo didático' e 'CDA de Portas Abertas'. Ensaios ocorrem de segunda a sexta, das 9h às 15h, no Teatro da Instalação. 

Foto: Divulgação/SEC

Amazonas Filarmônica 

A Amazonas Filarmônica é reconhecida como uma das mais atuantes orquestras brasileiras. Sua criação, em setembro de 1997, foi essencial para a política de formação artística do Estado, pois possibilitou a vinda de músicos estrangeiros de alta qualidade técnica para ministrar aulas e capacitar os artistas amazonenses, o que permitiu a realização de eventos internacionais, como o Festival Amazonas de Ópera (FAO), do qual é a orquestra oficial.

Sua primeira formação contou com 44 músicos, sendo somente dois amazonenses. Atualmente, a orquestra tem 76 músicos, sendo 21 amazonenses e 55 de diversas nacionalidades.

O repertório da orquestra é extremamente amplo e variado, abrangendo todos os períodos da história da música e seus mais diversos compositores. A Amazonas Filarmônica é consagrada pela execução mais abrangente do repertório operístico, dentre todas as orquestras brasileiras, com mais de 60 montagens em 21 anos de Festival Amazonas de Ópera.

Dentre suas atuações, destacam-se a première brasileira do ciclo integral de 'O Anel do Nibelungo' (Richard Wagner) e outras importantes óperas, como:

'Lady Macbeth de Mtsensk' (Dmitri Shostakovich),
'Tristão e Isolda' (Richard Wagner),
'Ça Ira' (Roger Waters),
'Alma' (Claudio Santoro),
'Poranduba' (Edmundo Villani Córtez),
'Onheama' (João Guilherme Ripper),
'Faust' (Charles Gounod),
'Peter Grimes' (Benjamin Britten).

Foto: Bárbara Umbra

Orquestra de Câmara do Amazonas

O grupo foi criado em 2002, composto por músicos que integravam a Orquestra Amazonas Filarmônica, com o objetivo de inovar na prática musical do Estado, executando obras do barroco à contemporaneidade.

Na trajetória do grupo, destaca-se o repertório integral da música de câmara de Claudio Santoro; inúmeras estreias nacionais e internacionais, como 'Sinfonia nº 2 – Paisagens Verdes' (Harry Crowl) e 'Shotaskovichiana' (André Mehmari), especialmente compostas para o grupo; e ainda 'Quatro Estações: Recompostas' (Max Richter).

Com uma atuação versátil e diferenciada, a Orquestra de Câmara do Amazonas também realiza crossovers com diversas manifestações e linguagens artísticas, dentre as quais, 'A Night at the Opera' e 'O Sol Nascente', apresentando ao público uma programação diversificada, que inclui trilhas sonoras de filmes como 'Drácula' e 'As Horas', além de parcerias com artistas regionais e bandas de rock.

Anualmente, o grupo participa do Festival Amazonas de Ópera, com produções de óperas, balés e música de concerto. Nos 20 anos de existência da OCA, o público pode acompanhar diversos tipos de espetáculos, consolidando o DNA contemporâneo da orquestra. Os ensaios acontecem às segundas, terças e quartas, das 19h às 22h, no Luso Sporting Club. 

Foto: Divulgação/SEC

Orquestra de Violões do Amazonas

Criada a partir da constatação de que o violão é um instrumento de uso de popular e erudito, capaz de agregar os mais diversos interesses técnicos e artísticos, a Orquestra de Violões do Amazonas (Ovam) partiu da experiência popular e se desenvolveu de forma ativa e profissional, oferecendo à população espetáculos de música regional, folclórica e clássica, divulgando o diversificado repertório violonístico.

A Ovam, criada no ano 2000, apresenta, periodicamente, concertos já tradicionalmente conhecidos pela população amazonense: o programa em homenagem às mães, durante o Festival Amazonas de Ópera; 'Tempo de criança', com canções clássicas de animações e séries infantis; e 'Movie Score – Temas de filmes e séries na perspectiva do violão', entre outros.

Ao longo de sua história, destaca-se, ainda, a apresentação com o Duo Assad, dos irmãos Sérgio e Odair Assad, considerado um dos melhores do mundo.


Também realiza apresentações em parceria com os demais corpos artísticos do Estado, entre eles, o Corpo de Dança do Amazonas (CDA), Balé Experimental do CDA e Balé Folclórico do Amazonas. Ensaios: segunda, terça e quarta, das 19h às 22h, em anexo da Agência Amazonense de Desenvolvimento do Amazonas.

Foto: Divulgação/SEC

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