Museu no Acre abriga réplica do Purussaurus e até caixa que só será aberta em 2120

Museu foi inaugurado no dia 6 de agosto após seis anos de construção em Rio Branco. Local fica aberto de quarta a domingo e há opção de visita guiada.

Sala interativa tem palavras cruzadas do acreanês. Foto: Tácita Muniz/g1 Acre

É em um prédio da década de 60 que o Museu dos Povos Acreanos reúne histórias, curiosidades e muita cultural acreana para os visitantes. Aberto de quarta a domingo, das 9h às 18h, o espaço também conta com visita guiada às 10h, 14h e 16h.

Na visita guiada, são dadas informações sobre cada espaço dentro do museu e também informações sobre a história do Acre. Os ladrilhos hidráulicos e a capela de Nossa Senhora das Dores também foram mantidos no espaço, que hoje é um dos principais museus da capital acreana.

Uma das primeiras salas conta com as personalidades acreana, onde você conhece acreanos que fizeram história dentro e fora do estado. Em cada painel, há uma mini biografia de cada um.

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Sala reúne personalidades acreanas e conta a história de cada uma delas. Foto: Tácita Muniz/g1 Acre

A sala interativa é uma das mais procuradas. Com caça-palavras de acreanês, as pessoas conhecem as gírias do estado e podem completar o caça-palavra com o jeitinho acreano de falar. Nessa mesma sala, há pinturas que retaram a era de borracha e faz referência aos seringueiros.

Purussaurus

Foi também disponibilizado para o espaço, pela Universidade Federal do Acre (Ufac), uma réplica do Purussaurus brasiliensis, conhecido como “lagarto do Rio Purus”, que viveu na Amazônia há mais de 8 milhões de anos.

Saiba mais: Purussaurus brasiliensis: o jacaré com a mordida mais potente do mundo viveu na Amazônia

O que estudos apontam, até o momento, que ele seria um parente distante do jacaré-açu. Ele ocupava a Amazônia ocidental e foi o maior crocodilo já registrado em todo o mundo.

Ele podia passar dos 12 metros. A mordida do Purussaurus era duas vezes mais forte que a do Tiranossauro rex, o mais notório dos dinossauros. O jacaré pré-histórico, segundo as pesquisas, precisava comer uma média de 40 quilos de carne diariamente.

Uma réplica do Purussaurus brasiliensis está no museu. Foto: Tácita Muniz/g1 Acre

Mensagens

Há um espaço totalmente dedicado ao líder seringueiro Chico Mendes. Nessa sala, há um monumento, uma caixa, que guarda mensagens escritas em 2010. No dia 22 de dezembro de 2010, data que marcou os 20 anos do líder seringueiro, a Biblioteca da Floresta, na época sob direção de Edgar de Deus, selou uma caixa contendo mais de 5 mil cartas, desenhos e depoimentos de crianças, jovens, adultos e idosos inspirados na “Mensagem para o Futuro”, escrita por Chico Mendes. A caixa só será aberta em 6 de setembro de 2120.

Caixa com mensagens só será aberta em 2120. Foto: Tácita Muniz/g1 Acre

“São mensagens enviadas para um tempo que não veremos. Registros da resistência e a esperança de toda uma geração que lutou para preservar e promover o meio ambiente, dando a sua contribuição para um futuro melhor aos homens e mulheres, povos da floresta, que aqui habitam e sonham”, 

diz a mensagem a baixo da caixa.

No espaço também está escrito o Pai Nosso do Seringueiro e a Ave Maria do Seringueiro.

Galeria e outros espaços

Também há uma galeria que faz a exposição e reúne trabalhos de artistas acreanos. No espaço também é possível conhecer alguns tipos de semente e outras peculiaridades do Acre. Exposição e venda de artesanatos indígenas também são opções no museu.

Museu resgata história dos povos acreanos. Foto: Tácita Muniz/g1 Acre

O espaço é todo climatizado e é uma ótima opção no fim de semana e também no meio da semana para conhecer um pouco mais sobre a história do estado e suas curiosidades. O local também tem ocupação artística em programações previamente divulgadas pelo espaço.

*Por Tácita Muniz, do g1 Acre

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