Foto: Augusto Miranda/Agência Pará
O livro ‘Contos de Terror de Marabá‘, de autoria da professora Suellen Cordovil, do Instituto de Linguística, Letras e Artes (ILLA) reúne dez narrativas inspiradas nas visagens e assombrações tradicionais da região marabaense, no Pará.
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O evento de lançamento foi realizado no dia 22 de outubro com apoio financeiro oriundo da modalidade de fomento à execução de ações culturais, conforme previsto no inciso I do art. 8º do Decreto nº 11.453/2023, celebrado com agente cultural selecionado nos termos da Política Nacional da Aldir Blanc (PNAB).
Como contrapartida à iniciativa de incentivo, foi promovida uma oficina de escrita criativa, voltada ao público interessado em literatura, especialmente nas áreas do gótico e do fantástico. O objetivo da atividade foi estimular a produção literária local e valorizar as manifestações culturais da Amazônia.
Segundo a autora, a inspiração para os contos surgiu a partir das histórias sobrenaturais relatadas por moradores da região.
“Essas narrativas fazem parte da nossa memória amazônica. Marabá é um lugar de mistérios e misturas culturais, e as visagens e assombrações são parte viva da identidade da região”, destacou Suellen Cordovil.
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Debates ajudaram a criar o livro
A pesquisadora explica que o livro nasceu a partir de reflexões e debates em seu grupo de pesquisa sobre os estudos do fantástico, o que a motivou a unir a ficção fantástica à vertente gótica marabaense. Os contos também apresentam elementos de eco-horror, explorando a relação entre o ser humano e o meio ambiente amazônico.
“O terror é constantemente vivido pela humanidade. Por isso, busquei retratar essas vivências sombrias e fantasmagóricas de Marabá, um território rico para o desenvolvimento dessa ambientação gótica”, ressaltou a autora.
Entre as principais influências para a obra está o livro ‘Visagens e Assombrações de Belém’, do escritor amazônico Walcyr Monteiro, que serviu como referência para a criação de uma narrativa voltada à cultura do Sul e Sudeste do Pará.
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Suellen Cordovil agradeceu o apoio da Lei Paulo Gustavo, que viabilizou a publicação e distribuição do livro em escolas e bibliotecas da região.
“Eu espero que o leitor crie/escreva novas narrativas e lembre de suas vivencias com essas personagens sobrenaturais e monstruosas na obra. Eles poderão vislumbrar novos fins as histórias que escrevi, podendo ir mais além do que eu já escrevi ou imaginei”, concluiu.
*Com informações da Unifesspa
