As obras são nas igrejas da Matriz, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora dos Remédios e de São Sebastião.
Com projetos básicos, executivos, orçamentos e planilhas desenvolvidas pela Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), foi assinada a ordem de serviço para realização de reforma de igrejas históricas em Manaus (AM) nesta quarta-feira (31). A assinatura foi realizada entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Amazonas, com a Arquidiocese de Manaus, contando com recursos de emendas parlamentares da bancada federal, para obras nas igrejas da Matriz, na Nossa Senhora da Conceição, na Nossa Senhora dos Remédios e na de São Sebastião.
Leia também: ‘Templos de fé’: as histórias de seis igrejas famosas em Manaus
Para o arcebispo metropolitano da capital, Dom Leonardo Steiner, trata-se de um momento singular para a cultura, a fé e o patrimônio. “Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a disponibilidade da prefeitura, via Implurb, na execução dos projetos importantes para cuidar do nosso patrimônio, que é da cidade, mas também do Estado do Amazonas. E essa colaboração permitiu que o projeto pudesse caminhar e chegar até aqui. Sem essa assessoria e trabalho do Implurb não teríamos como encaminhar as obras”, afirmou o arcebispo.
Durante seis meses, técnicos e profissionais do instituto trabalharam para desenvolver os projetos arquitetônicos, executivos, especificações e orçamentos visando a recuperação e revitalização dos bens. O Iphan-AM fez, ainda, os editais e a licitação para as obras.
Ele acrescentou que a esses projetos se somam outras intervenções, como as do “Nosso Centro”, já em obras, como o mirante Lúcia Almeida, casarão Thiago de Mello, largo de São Vicente e Píer Turístico, além dos retrofits de projetos habitacionais desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Semhaf), trabalhando junto ao Ministério das Cidades. “As reformas das três igrejas se somam a essa nova dinâmica promovida na gestão atual, beneficiando a sociedade até o turismo religioso”, completou.
“Todos aqueles que são recebidos aqui, a partir do turismo, das atividades artísticas e culturais, da religião, são envolvidos pelo significado desses edifícios para a nossa cidade, olhando para o rio, recebendo a população do interior, tantos trabalhadores, pescadores, visitantes, um lugar de fé, um lugar que independente das crenças recebe tantos”, disse a superintendente.
Beatriz ressaltou que esse patrimônio é vivo e vai além da edificação, possibilitando o aconchego, o consolo e a identificação enquanto amazonenses e manauaras.
“É sobre a nossa história que nós estamos falando. Essas igrejas são centenárias e há mais ou menos 20 anos não passam por reformas estruturantes, incluindo recursos e atualizações como combate a incêndio, sistemas de vigilância, hidráulica, acessibilidade, e outros bens. E essa reforma será um marco para nossa história”.