Assim como o Boi Corre Campo, a Associação Folclórica Cultural Manauara Boi Bumbá Tira Prosa é uma das mais antigas criadas em Manaus (AM) e que concorrem atualmente no Festival Folclórico do Amazonas. O Tira Prosa foi criado em maio de 1945 e é o segundo boi mais velho ainda em atividade da capital amazonense.
Nessa época, era comum que os bois de Manaus – à época dezenas – brincassem e disputassem pelas ruas da cidade. A disputa era entre os bois como o Mina de Ouro, Caprichoso, Veludinho, Campineiro, Mineirinho, Canário, Malhadinho, dentre outros.
Essas brincadeiras, ou competições de rua, ocorreram até a centralização dos primeiros festivais folclóricos no Amazonas, que eram disputadas na Praça General Osório, que atualmente pertence ao Colégio Militar de Manaus.
Com uma longa trajetória cultural, o bumbá foi criado por Francisco Santiago (carinhosamente apelidado de ‘Tutu’), José Ribamar, Zeca Pepira, Raimundo de Oliveira e Alberto Ferreira (o mestre Orelhinha), na então comunidade da Boca do Emboca (atual Santa Luzia).
Inicialmente, o Curral do Boi foi armado na Avenida Leopoldo Péres, em frente à Delegacia de Polícia. Em seguida, foi transferido para o campo da Igreja de Santa Luzia, bairro em que permanece até hoje.
O atual presidente do Tira Prosa é Ronaldo Matos, que desde criança é apaixonado pelo boi, quando morava na comunidade da Boca do Emboca.
Apesar de sua mãe não o deixar participar das competições, aos 11 anos passou a frequentar o barracão do bumbá, onde aprendeu a customizar fantasias com o artista plástico José Luiz dos Reis.
Aos 14, no ano de 1985, começou de fato a brincar de boi e lá permaneceu. Há dez anos, em 2014, Ronaldo comprou o boi e em algumas declarações públicas garante que a essência do boi permanece. É o próprio presidente quem confecciona os tambores utilizados nas apresentações.