Foto: Isabelle Lima/Amazon Sat
A Praia da Lua foi tomada, neste sábado (23), por um público diverso que celebrou a 10ª edição do Festival Tarumã Alive, evento realizado desde 2016 com o objetivo de sensibilizar a população sobre a conservação da bacia hidrográfica do Tarumã-Açú, em Manaus (AM). Unindo entretenimento, geração de renda e ações ambientais, o festival reforçou sua vocação como espaço de transformação cultural e social na região.
A programação começou cedo, às 8h, com a tradicional remada ambiental e um mutirão de limpeza para retirar resíduos do igarapé.
“O nosso grito hoje é pelo rio Tarumã. Os estudos mostram que a qualidade da água já deu sinais de alerta, e precisamos agir agora”, afirmou a coordenadora-geral do evento, Márcia Novo.
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Além das atividades ambientais, o palco montado na Praia da Lua recebeu uma extensa programação musical, com apresentações de Água Cristalina, Johnny Jack Mesclado, Ases do Pagode, Ariana Paes, Antônio Bahia, Márcia Novo, entre outros artistas locais.
O evento, totalmente gratuito, atraiu turistas e moradores, fortalecendo a economia da comunidade do Tarumã.
“São dez anos de ativismo, dez anos de luta e também uma virada de chave para o Festival. Estamos ouvindo as comunidades e elaborando um relatório para fomentar o turismo sustentável, que pode realmente salvar o rio Tarumã. Esse evento está no coração de quem ama este rio”, disse Márcia.

Um alerta para a bacia do Tarumã-Açú
Com 133.753 hectares, a bacia hidrográfica do Tarumã-Açú é uma área de grande importância ambiental e turística, mas sofre com ocupações irregulares, despejo de lixo e esgoto e a falta de saneamento básico. Essa degradação ameaça não apenas a biodiversidade local, mas também o futuro econômico das comunidades que dependem do rio.
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O Festival busca chamar atenção para esses problemas e pressionar por políticas públicas, educação ambiental e ações efetivas de preservação.
“Além de conscientizar, o evento movimenta a economia local. Estou muito feliz com essa décima edição. Salve o nosso rio Tarumã!”, celebrou Márcia Novo.
Com música, cultura e engajamento ambiental, o festival reforça seu papel como voz ativa na defesa das águas amazônicas, e mostra que desenvolvimento sustentável e celebração podem andar lado a lado.
