Festa de São Gonçalo: evento que mostra a devoção, fé e cultura do Amapá

Com mais de 200 anos de história, o evento preserva a herança portuguesa no Brasil e marca na comunidade a chegada do calendário oficial das demais celebrações religiosas realizadas em Mazagão .

Foto: Aog Rocha/GEA

Mazagão Velho (AP) amanheceu em clima de festa e devoção com a realização da tradicional festividade de São Gonçalo neste dia 10 de janeiro. O evento, que reúne moradores e visitantes, é marcado pela união entre fé e cultura, reforçando a identidade e a história da comunidade.

Os foliões, vestidos com trajes amarelo, branco e verde, que representam o santo, transformaram as ruas do município em cenário de fé com cânticos, balançar de sinos e toque de violão. O trajeto saiu da casa do juiz do mastro, pessoa que tem a responsabilidade de guardar a imagem de São Gonçalo como sinal de fé e esperança, levando-a no dia seguinte à igreja matriz.

“Sou devoto há dois anos, a gente se sente muito feliz em participar desse evento que é tão importante na nossa comunidade. Sou o festeiro e o juiz do mastro que recebeu São Gonçalo em casa, e hoje a gente leva ele à igreja para que mais tarde com a nova derrubada do mastro outras pessoas possam também participar e serem escolhidas para receber em sua casa o santo”, explicou José Amaral, de 50 anos.

Após a missa, houve uma procissão seguida do cortejo cultural em volta do quarteirão que retornou à capela. Além dos ritos religiosos, a festividade segue pela parte da tarde com momentos de confraternização, almoço coletivo, música ao vivo e atividades tradicionais como o leilão e a derrubada do mastro.

Com mais de 200 anos de história, o evento preserva a herança portuguesa no Brasil e marca na comunidade a chegada do calendário oficial das demais celebrações religiosas realizadas em Mazagão ao longo do ano, como a Festa de São Tiago.

Quem foi São Gonçalo?

O santo é conhecido como o padroeiro dos violeiros e também casamenteiro. São Gonçalo de Amarante, foi um português, que viveu entre os séculos 12 e 13. Visto como protetor dos humildes, sua trajetória foi marcada por milagres. Com sua inteligência, foi um sacerdote que buscou maneiras diferentes de atrair o público.

Foto: Reprodução/Governo do Amapá

Vendo que muitas vezes era difícil alcançar pessoas para falar sobre o divino, um dia ele resolveu se fantasiar como alguém comum para ir em frente aos bordéis tocar, cantar e dançar, e nesses pequenos gestos contínuos que levavam alegria e entretenimento ao público, ele conseguia aproximar as pessoas e assim evangelizar através da arte.

*Com informações da Agência Amapá

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