‘Era uma vez na Ilha de Parintins’: obra de Jacob Cohen reúne memórias da cidade amazonense

A obra nasceu de crônicas que Cohen fez, durante cinco anos, falando sobre as memórias de sua infância e adolescência.

Parintins é um lugar recheado de talentos. A prova disso é a magnitude do Festival Folclórico, produzido por artistas locais. Porém, outras vertentes da cultura parintinense também possuem os seus representantes. Na literatura, por exemplo, um dos destaques é o médico e escritor Jacob Cohen, que escreveu a obra ‘Era uma vez na Ilha de Parintins’.

Segundo o autor, a obra nasceu de crônicas que ele fez, durante cinco anos, falando sobre as memórias de sua infância e adolescência. “Comecei a buscar esses escritos e a escrever crônicas sobre o modo de vida do parintinense e de sua forma de se expressar. Aí o livro ganhou forma”, disse ele.

Você foi um jovem travesso? Cohen foi. Em entrevista ao Amazon Sat, o autor lembrou que fugia de casa para assistir as apresentações do boi bumbá Garantido, que se tornou o seu boi do coração.

“Na infância, a gente dormia em redes, então eu colocava algo na minha rede para simular que havia alguém e ia assistir aos ensaios que aconteciam na Baixa de São José”, relembrou.

Foto: Reprodução

Rivalidade

Uma das marcas do Festival Folclórico de Parintins é a rivalidade entre Caprichoso e Garantido. Inclusive, Cohen confirmou que muitas pessoas iam para as vias de fato, usando a violência uns contra os outros. Porém, os anos foram passando e a rivalidade se atenuou. Inclusive, um momento de união entre os bumbás marcou Cohen.

“Em 2023, faleceu Marcos Azevedo, conhecido como Markinho, ele era ex-tripa do Caprichoso, mas também trabalhou no Garantido. No dia do enterro os bumbás foram prestar uma homenagem, eles andaram lado a lado, enquanto entravam no cemitério”, disse o autor.

Trilogia

De acordo com Cohen, essa obra é a primeira de uma trilogia planejada por ele. “O primeiro livro fala sobre o que vivi e o que me contaram sobre folclore, a organização social da cidade, essa estrutura toda que vivemos com o folclore levando artistas para todo o Brasil”, explicou o médico.

O segundo livro vai abordar quem foram as pessoas que viveram à frente do seu tempo na educação, na arte e na política parintinense. Já o terceiro livro retratará quais foram os diversos povos que já viviam em Parintins – como os indígenas – e os povos que aportaram tempos depois, como os italianos, judeus, turcos, portugueses e africanos.

O segundo livro, intitulado ‘Parintinenses que viviam à frente do seu tempo’ já está pronto e irá para a gráfica em breve, assegurou o autor. O lançamento da obra estava previsto ainda para o mês de junho. Já o terceiro livro, ainda sem nome, está em processo de produção e não possui previsão de lançamento.

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