Documentários etnoculturais resgatam histórias afro-indígenas do Amazonas

Produções, de cinco a sete minutos cada, resgatam histórias em municípios amazonenses e serão divulgadas gratuitamente.

“Amyipaguana”, do tupi-guarani, significa ancestralidade. Inspirada nisso, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa resgata, em documentários, as histórias afro-indígenas em mais de seis municípios do Amazonas, de forma original e espontânea, que buscam enraizar o pertencimento e prendem a atenção do público. As produções, de cinco minutos de cada, serão divulgadas gratuitamente nas páginas da secretaria no Youtube e Facebook.

Ao todo, 15 documentários foram produzidos nos municípios de Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Itacoatiara, Manacapuru e Lábrea. 

Segundo o secretário executivo da pasta de cultura, Luiz Carlos Bonates, as histórias são singulares, carregam simbolismo e herança amazônica de populações muitas vezes invisibilizadas pela grande indústria cultural.

“Escolhemos os personagens das histórias por suas vivências com a arte e como as repassam para as outras gerações. Nosso principal objetivo é trazer visibilidade a essas pessoas que vivenciam a arte, desenvolvem crenças e costumes e, apesar disso, são pouco faladas por não estarem nas concentrações de arte capitalizada, mas que são pilares culturais no Amazonas”, disse o secretário, que também é idealizador do projeto.

Foto: Reprodução e Divulgação/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Produção de campo

A responsável pelo setor de Audiovisual da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Lu Pinheiro, ressalta que a busca pelas raízes afro-indígenas nos municípios permite conhecer, redescobrir e divulgar a identidade cultural de determinados grupos sociais.

“A logística para chegar ao interior do estado é feita por barcos ou avião, e isso é desafiador, mas necessário, porque algumas dessas expressões artísticas são desconhecidas até por habitantes do município em que ela se desenvolve. Produzir esses conteúdos desperta o sentimento de pertencimento”, disse Lu Pinheiro.

As captações em cada cidade, que duraram em média 3 horas, foram adaptadas às plataformas digitais para versão de cinco a sete minutos de duração e contam com personagens únicos dos municípios. 

Para permitir ao público conhecer mais das raízes que sustentam e renovam a história do Amazonas, os episódios diários serão exibidos de 18 a 26 de novembro. 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Dossiê “Amazônia contra o Antropoceno” aborda sociodiversidade da região

Na publicação constam nove artigos de arqueólogos, antropólogos e ecólogos, indígenas e não indígenas.

Leia também

Publicidade