Filme ‘Amazônia Xamã’ mostra futuro distópico com destruição dos povos originários e ascensão do garimpo. Foto: Reprodução
O curta-metragem amapaense ‘Amazônia Xamã’, dirigido pelo cineasta e desenvolvedor de tecnologias Rodrigo Pedroza, é uma obra que mistura ficção científica e crítica social como um alerta sobre o futuro da Amazônia.
O filme acompanha Raoni, último sobrevivente de sua etnia, em uma jornada para preservar a cultura ancestral de seu povo. Ele enfrenta os Garimaldis, robôs garimpeiros e madeireiros ilegais que simbolizam a destruição da floresta em um futuro distópico.
“Máquinas e a elite explorando sub-humanos? O filme busca gerar reflexão sobre a importância da pluralidade, e sobre novos modos de vida para a sustentabilidade do mundo e de todos os seres vivos”, afirma o diretor.
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Rodrigo Pedroza explica que o filme provoca reflexões sobre consumismo, degradação ambiental e estruturas coloniais.
“Questionamos a história e a violência estrutural e colonial contra povos e seres vivos. Será que vamos jogar cimento e concreto em tudo para acreditarmos que temos paisagens mais modernas?”, diz.
‘Amazônia Xamã’ seguirá para festivais
A obra foi contemplada em edital da Lei Paulo Gustavo (LPG), com patrocínio do Governo Federal e do Ministério da Cultura, e gestão da Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult).
A produção envolveu mais de 30 profissionais, entre atores, produtores e equipe técnica. As filmagens ocorreram ao longo de 10 dias em pontos conhecidos de Macapá, como a Fortaleza de São José, o Centro de Educação Profissional de Música Walkíria Lima e outros.

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A estreia é nesta terça-feira (16), em Macapá (AP), no cinema Movieland com entrada gratuita a partir das 15h. A classificação indicativa é para maiores de 18 anos. Após a estreia local, ‘Amazônia Xamã’ seguirá para festivais nacionais e internacionais.
