Há 20 anos: cinco curiosidades sobre a passagem de The White Stripes por Manaus

Foto: Divulgação/The White Stripes

No dia 1º de junho de 2005, The White Stripes realizou um concerto memorável no Teatro Amazonas, em Manaus (AM). Trata‐se de uma das raras ocasiões em que a dupla norte-americana se apresentou em ambiente clássico de ópera no Brasil, e, 20 anos depois, o evento segue como marco na agenda cultural da capital amazônica.

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O evento, em junho de 2005, para muitos, “parece que foi ontem”, de tão marcante que se tornou no cenário musical amazonense. O Portal Amazônia buscou por algumas curiosidades que envolvem a passagem da banda por Manaus:

A primeira vinda ao Brasil e o teatro singular

Embora o The White Stripes já tivesse turnês internacionais, a passagem por Manaus em 2005 foi parte de uma extensão brasileira durante a turnê ‘Get Behind Me Satan‘.

O Teatro Amazonas, com capacidade para cerca de 701 espectadores distribuídos entre plateia e camarotes, foi escolhido como palco singular para esse show — segundo registros, era um dos locais “pequenos” em que a banda já havia se apresentado.

Foto: Reprodução

O cenário de um teatro erguido no coração da Amazônia conferiu à ocasião um caráter simbólico de encontro entre rock contemporâneo e um patrimônio arquitetônico regional.

Setlist e gravações oficiais

O repertório do show no Teatro Amazonas incluiu faixas populares da dupla, como ‘Blue Orchid’, ‘Dead Leaves and the Dirty Ground’, ‘Hotel Yorba’, ‘Fell in Love With a Girl’ e, claro, ‘Seven Nation Army’, esta última um dos hinos da banda.

A apresentação foi posteriormente lançada oficialmente no formato de álbum duplo e DVD sob o título ‘Under Amazonian Lights‘, pela Third Man Records, mantendo vivo o registro daquela noite.

Foto: Divulgação/ The White Stripes

Casamento

No mesmo dia do show, segundo relatos da imprensa internacional, o vocalista Jack White teria realizado uma cerimônia simbólica de casamento com a modelo Kate Elson às margens do encontro das águas, dos rios Negro e Solimões, com bênção de um pajé local.

Parte da turnê chegou a incluir um passeio de barco pelos rios amazônicos, com incursões por hospedagens sobre palafitas e contato com aspectos simbólicos da floresta tropical — ação de promotores e da logística da turnê procuraram inserir elementos regionais no contexto da passagem da banda.

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A cerimônia do casal não teve o registro divulgado. Das fotos do momento, a única foi publicada por algumas revistas e jornais da época. O casal teve dois filhos e se divorciou em 2011.

Registro do casamento de Jack White e Kate Elson em Manaus. A única do momento do casal. Foto: Divulgação

Interação com o público fora do teatro

Antes e depois do show, registraram-se momentos de interação entre os integrantes e o público local fora dos limites do Teatro Amazonas. Durante a passagem pelo Largo de São Sebastião, Jack e Meg White interagiram com a multidão para executar uma versão acústica de ‘We Are Going to Be Friends‘ para aqueles que não haviam conseguido ingressos.

A mobilização de fãs do lado de fora do teatro chegou a provocar tensão, com tentativas de invadir o espaço, necessitando de reforço de segurança.

Legado midiático e repercussão

A presença do The White Stripes em Manaus gerou repercussão nacional e internacional. O show foi transmitido pela MTV em edições especiais e foi citado em diversas matérias sobre música e turismo cultural no Amazonas.

A Third Man Records aproveitou o décimo aniversário da apresentação para reeditar o registro ‘Under Amazonian Lights‘, incluindo material exclusivo e memorabilia para fãs. Em Manaus, a lembrança do espetáculo também permanece presente em memórias como a da designer Suellen Fonseca.

“Eu não conhecia tanto os White Stripes, mas de tanto passar os clipes na MTV eu comecei a me familiarizar e ouvir. Depois eu comprei o álbum Get Behind Me Satan e adorei a estética que aquela dupla tinha, usando apenas cores vermelha, preta e branco e apenas dois instrumentos, no caso uma guitarra e uma bateria”, contou ao Portal Amazônia.

Outra pessoa que lembra com grande afeto a passagem deles por Manaus é a musicista Trícia Lima: “Eu era adolescente na época e amava os White Stripes. Lembro que não consegui ingresso na época, mas quando eles foram até uma sacada do Teatro Amazonas foi incrível e eu estava lá”, destacou.

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