Imagem: Reprodução/Google Maps
Você com certeza já ouviu falar ou já leu algo relacionado a cidades perdidas na Amazônia. Esse assunto mexe com o imaginário de milhares de pessoas. Uma descoberta muito comentada nos últimos anos foi a cidade perdida de Ratanabá. Mas e a cidade misteriosa que tem viralizado nas últimas semanas nas redes sociais, a ‘CPU da Amazônia‘?
A cidade foi encontrada por uma série de pessoas via Google Maps, uma ferramenta de GPS disponibilizada pelo Google. Por meio da ferramenta, os usuários podem conferir e encontrar locais e estabelecimentos, visualizar rotas e estimar tempo de viagem, entre outras ações.
Em meio a uma dessas buscas, a cidade desconhecida foi encontrada e fica localizada no meio a vasta floresta amazônica, próximo as margens do Rio Purus, no Amazonas.
A região quando vista de cima se assemelha a padrões que lembram circuitos tecnológicos. Tanto que, em algumas pesquisas, a cidade aparece com os nomes de Earth CPU – CPU da Terra – ou Shamb-Allah, um local místico que aparece em diversas tradições do Oriente e é citado em textos sagrados.
Até o momento não se tem registros de outras informações quanto a origem dos nomes da então cidade misteriosa. Nos vídeos que chegaram a alcançar milhares de visualizações nas redes sociais, várias especulações já foram feitas.
O especialista em geoprocessamento e sensoriamento remoto, mestre em gestão e regulação de recursos hídricos, Maycon Castro, avaliou as imagens da possível cidade perdida à pedido do Portal Amazônia e esclareceu a dúvida de milhares de pessoas:
“Quando o sensor mapeia a faixa terrestre, ele tem uma resolução espacial e nem todos os sensores têm uma resolução espacial tão boa. Então, ele tem um range para captura de cores. Esse ‘erro’ está muito ocasionado a fatores atmosféricos, clima, temperatura da superfície da água, refletância. Então, tudo isso pode ocasionar um erro de captura de imagem”.
Quanto as formas que se assemelham a uma grande placa-mãe, o especialista relatou que o que aparece na imagem é, estima-se, apenas um erro de captura.
“O que faz a água aparecer um monte de chipes na verdade é a variação da intensidade da luz na água. E aí, no momento exato que o satélite capturou foi com falhas. Um erro muito comum capturado por sensores orbitais, sensores de satélite, é como se você tirasse uma foto e tivesse uma refletância, muita luz na foto. O mesmo acontece com esse tipo de água. Então praticamente isso daí é erro de captura”, finalizou o especialista em geoprocessamento e sensoriamento remoto.
*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar