Conheça o Solar do Barão de Guajará, um dos mais antigos e belos solares de Belém

Não se tem informação sobre o processo de construção do solar, mas tem inspiração portuguesa, com três pavimentos, sendo o último em forma de ‘camarinha’.

Um solar ou palacete é a casa de origem de uma família nobre. Em Belém (PA), aqueles que passam pela Rua D’Aveiro (antiga Thomázia Perdigão) podem ver um dos mais antigos solares da cidade, o Solar do Barão de Guajará.

De acordo com informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), não se tem informação sobre o processo de sua construção.

No entanto, a construção tem inspiração portuguesa, com três pavimentos, sendo o último em forma de ‘camarinha’. O pátio interno demonstra a influência moura na arquitetura ibérica, transferida para a Amazônia. A fachada é revestida de azulejos, com desenhos em formas geométricas nas cores brancas e azuis, provavelmente vindos de Portugal.

O interior possui piso e forro de madeira, a escada para o segundo pavimento tem guarda-corpo com balaustrada e assoalho formando desenhos geométricos.

Em 1970, o solar foi reinaugurado após obras de restauração, passando a funcionar o Instituto Histórico e Geográfico do Pará, conservando as mesmas características da época de sua construção. O palacete possui ainda a biblioteca do ‘Barão de Guajará’, com estantes de jacarandá artisticamente trabalhadas.

Proprietários 

Em 1837, a proprietária do solar era Ângela de Cácia Fragoso, que recebeu de herança de sua mãe. Dois anos se passaram e o Solar passou para o nome de dona Inês Micaela de Lacerda Chermont, que mais tarde o transferiu para seu irmão, o primeiro Barão e Visconde de Arari, que a remodelou, colocando grades de ferro com seu monograma (agrupamento ou combinação de duas ou mais letras ou outros elementos gráficos para formar um símbolo) nas sacadas das janelas.

Tendo recebido o Solar de herança, sua sobrinha se casa com Domingos Rayol, o Barão de Guajará. O Barão faleceu em 1912 deixando o Solar para seus herdeiros. Em 1942, o então prefeito de Belém, Abelardo Leão Condurú adquiriu o prédio.

Atualmente 

Em 2023, a Prefeitura de Belém cedeu definitivamente o prédio Solar Barão de Guajará para o Instituto Histórico e Geográfico do Pará. A assinatura de intenção foi feita pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e pela presidenta do IHGP, Anaíza Virgulino. Todo o processo para o título definitivo de propriedade do prédio foi feito pela Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana de Belém (Codem).

*Com informações do Iphan e da Prefeitura de Belém

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