Construído em 1870, o prédio foi a residência do engenheiro Francisco Bolonha. Após uma restauração em 1991, passou a ser a Casa da Linguagem do Pará.
Situada na Avenida Nazaré, esquina da Avenida Assis de Vasconcelos, no bairro da Campina, em Belém (PA), está a Casa da Linguagem do Pará. O local é histórico, pois foi construído em 1870 para ser a residência da família do engenheiro Francisco Bolonha, que recebeu influência europeia em seus estudos no uso do ferro e de tecnologias hidráulicas, aplicando esse conhecimento em obras públicas e palacetes particulares.
Devido a sua característica arquitetônica, o prédio integra a paisagem de Belém como parte do conjunto das antigas edificações que sobreviveram ao tempo nos arredores da Praça da República.
O prédio de dois pavimentos e um porão foi construído em formato de ‘L’, com varanda lateral e área externa provida de coreto. As grades de ferro, janelas francesas com venezianas, pátio, piso em ladrilho hidráulico geométrico e em tábuas corridas, e o nome do antigo grupo escolar em alto relevo na fachada são as principais características arquitetônicas.
Do Governo de Lauro Sodré até 1970, o imóvel abrigou o Grupo Escolar Floriano Peixoto. Foi nessa época que os grupos escolares surgiram no Brasil, com base na instrução da sociedade e modernização da pedagogia.
Além do seu valor arquitetônico e cultural, o imóvel integra uma unidade urbanística com o Conjunto da Praça da República. Ele foi tombado individualmente como ‘Sobrado do Antigo Grupo Escolar Floriano Peixoto’ em 7 de agosto de 1985.
Casa da Linguagem
Com a restauração realizada em 1991, a edificação passou a ser a Casa da Linguagem, uma referência como espaço dedicado ao estudo da palavra e suas possibilidades na linguagem, “enquanto som, enquanto grafia, enquanto significado, transformando-se, formando, informando a palavra estudada enquanto som, signo, língua e linguagem”.
As ações propostas para o espaço buscam o diálogo entre as mais diversas modalidades da leitura: textos, imagens, leitura dramatizada, cantada e cinematográfica.
Com o propósito de promover o conhecimento e o interesse pela leitura, a Casa abriga também a Biblioteca Francisco Paulo Mendes, com um acervo considerável de obras literárias, nacionais, estrangeiras e estudos de língua e literatura, além do Cineclube Pedro Veriano e galeria.
O primeiro Diretor da Casa da Linguagem foi o poeta Max Martins, com a consultoria da escritora Maria Lúcia Medeiros, nomes fundamentais da literatura contemporânea do Estado do Pará.