O boi-bumbá é o símbolo da manifestação folclórica parintinense, é a principal estrela do espetáculo durante as três noites de Festival. E é do tripa, nome dado ao homem responsável pelo movimento do boi durante a apresentação no bumbódromo, a missão de colocar em movimento a magia amada dessa festa.
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Item 10
O item 10 no Festival Folclórico de Parintins tem como méritos evolução e encenação e os elementos comparativos geometria idêntica, leveza, coreografia e movimentos de um boi real.
O Portal Amazônia conversou com os homens que trazem vida a esse item tão querido pelas galeras: Alexandre Azevedo, tripa do boi Caprichoso, e Batista Silva, tripa do boi Garantindo.
Preparação física
Alexandre, tripa do boi Caprichoso, contou com quais produtos é produzido o item carregado com tanto orgulho por ele, e como é produzida a fumaça que sai de suas narinas na hora do espetáculo.
O tripa do Garantido, Batista, contou que por algumas vezes chegou a ficar com algumas marcas e arranhões no corpo ao carregar o item e relatou ainda alguns segredos, como a matéria prima que é produzido o rabo do item, um produto muito conhecido nas cidades de várzea da Amazônia: a juta.
E quanto ao peso carregado pelos tripas por cerca de 2 horas e 30 minutos no Bumbódromo, em cada uma das três noites de festival?
A assessoria do Garantido informou que o item pesa 14 kg, informação confirmada por Batista. Já o tripa do Caprichoso afirmou que o item carregado por ele pesa de 13 a 15 kg.
Os tripas revelaram ainda, que para aguentar as muitas horas de dança e gingado cênico é indispensável uma boa alimentação e a prática de atividade física.
Orgulho e tradição
Alexandre Azevedo é prova do amor repassado de pai para filho. O talento de Marquinho Azevedo, ex-tripa do Caprichoso, é visto a cada movimento e palavra emocionada do herdeiro.
Batista Silva, tripa que dá vida ao item 10 do garantido, contou como é o critério de permanência no seu posto e definiu como se sente em fazer parte da história cultural da Região Norte.
*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar