Foto: Pablo Sena/Acervo pessoal
O bailarino e coreógrafo Pablo Sena, de Macapá (AP), estreou no Théâtre de Moulins, na França, no dia 16 de dezembro. Ele apresentou o espetáculo ‘Olga, a Pequena Garota da Neve’ em cinco sessões. A ida de Pablo à Europa começou com um intercâmbio durante a Bienal de Dança de Lyon, que destacou a produção brasileira.
Ele participou com o coletivo Original Bomber Crew, do Piauí. Depois de um mês de residência artística, foi escolhido para integrar a Académie Chorégraphique de Moulins, entrando no circuito profissional europeu.
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No palco, Pablo interpreta os principais papéis masculinos e apresenta variações clássicas como ‘O Corsário’ e ‘O Príncipe Désiré’. O espetáculo, inspirado em lendas russas, conta a história de Olga, uma menina feita de neve que sonha em conhecer a Terra. Na jornada, ela descobre amizade e afeto, até se transformar em humana na noite de Natal.
“É um espetáculo que atravessa gerações. Entre danças cintilantes, fogueiras embaladas pelo som da Kalinka e a atmosfera natalina do Palácio de Inverno de São Petersburgo, a obra encanta crianças, jovens e adultos”, disse Pablo Sena.
Trajetória internacional do bailarino
O bailarino Pablo é cofundador do Grupo Âmago e construiu carreira valorizando a cultura amazônica. Foi premiado no Festival Internacional de Dança de Goiás e no Encontro Pan-Americano de Dança da Amazônia. Também participou de intercâmbio no Uruguai e integrou o Palco Giratório 2025, do Sesc, em Porto Alegre.
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Para o artista, a estreia na Europa simboliza mais do que um novo capítulo profissional: é a celebração de duas décadas dedicadas à arte.
“Essa experiência tem um valor imensurável para mim. Marca a celebração de 20 anos de dedicação à arte e à cultura. Sou um artista nascido e criado no Laguinho, bairro tradicional de Macapá, com raízes no samba, carnaval e quadrilhas juninas”, afirma.
Palco histórico
As apresentações do bailarino acontecem no Théâtre de Moulins, um dos mais tradicionais da França. Construído em 1839 e inaugurado em 1847, o espaço tem arquitetura neoclássica, capacidade para 800 pessoas e teto pintado por Séchan, artista da Ópera Garnier, em Paris.

*Por Rafael Aleixo, da Rede Amazônica AP
