5 artistas que fortalecem a identidade indígena e amazônica com o rap

No Dia do Rap Nacional, celebrado em 6 de agosto, o Portal Amazônia buscou artistas da Amazônia Legal que fortalecem a cultura local, a identidade indígena e o dia a dia da população amazônida.

Jander Manauara. Foto: Roberto Coelho/Divulgação

O rap surgiu no Brasil por volta dos anos 1980 e, desde então, tem se firmado como uma forma de denunciar os problemas sociais e força educativa em busca de transformar a sociedade em mais justa e inclusiva. Na Amazônia Legal, diversos artistas tem mostrado com o rap a realidade dos povos ribeirinhos, indígenas e caboclos que muitas vezes passa sem ser percebida pelas grandes massas.

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O Dia do Rap Nacional é celebrado em 6 de agosto e o Portal Amazônia buscou algumas vozes da região que fortalecem a cultura local, a identidade indígena e o dia a dia da população amazônida por meio dessa vertente da música:

Jander Manauara

Rapper, ativista e articulador cultural, Jander Manauara é rapper há mais de 20 anos e faz letras de cunho político e cultural sobre a cidade de Manaus e a Amazônia. Membro da Associação Intercultural de Hip Hop Urbanos da Amazônia, já foi homenageado como uma das vozes atuantes na luta pela agenda climática pela ONU Brasil.

Bruna BG

A cantora paraense conhecida como Bruna BG buscou em diversos estilos musicais seu lar, mas foi no rap que encontrou seu estilo de vida. Nascida em Breves, no Pará, Bruna Guedes fala da vida ribeirinha e transforma suas vivências em música desde a adolescência.

Kaê Guajajara

Nascinda no Mirizal, Maranhão, Kaê Guajajara é uma cantora, compositora, atriz, autora e ativista indígena fundadora da Azuruhu, selo musical voltado ao desenvolvimento de artistas indígenas no Brasil. Kaê cresceu no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, tendo deixado o Maranhão ainda criança com a família em busca de melhores condições de vida. Foi no Rio que ela fundou um grupo de rap, ‘Crônicos’, que denunciava as violências vividas na comunidade e, depois, já em carreira solo, percebeu que precisava mostrar a realidade dos indígenas.

Nativos Mc’s

Em suas composições, os músicos da Nativos Mc’s defendem o combate ao desmatamento, queimada e poluição, temáticas que impactam os povos indígenas e a biodiversidade da floresta amazônica. A dupla Urysse Kuykuro e Macc JB é da etnia Kuikuro e se conheceram na aldeia Afukuri, no Território Indígena Xingu, localizado no Alto Xingu, no Estado do Mato Grosso (MT), que faz parte da Amazônia Legal. As letras das músicas são compostas na língua portuguesa e dialeto Kuikuro, como forma de alcance a diversos públicos, tanto indígenas como não-indígenas. 

Leia também: Rappers indígenas fazem sucesso com composições em defesa da Amazônia; Assista

Kaemizê

Com uma cena de rap crescente, o Acre também tem nomes que tem encontrado no rap uma forma de mostrar pela música a realidade de um povo. Um dos nomes Kaemizê, ou Carlos Silva de Oliveira, que ganhou destaque em 2023, quando venceu a categoria de ‘Álbum do Ano’ no ‘Prêmio 5lemento Hip Hop’ em São Paulo (SP).

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