Obra vai mostrar a tradições da ancestralidade dos amapaenses. Foto: Veve Milk/Dvulgação
O documentário ‘Amazônia Negra: Expedição Amapá’, que destaca a resistência da cultura afro-brasileira na região e a força do Marabaixo, manifestação tradicional do estado, estreia nesta sexta-feira (12) no Globoplay e em canais de TV.
A obra acompanha o cantor e compositor Carlinhos Brown em uma jornada ancestral de descobertas e reencontros no Amapá. Brown, que é embaixador do Marabaixo no estado, diz ter vivido um reencontro com suas origens.
“Foi uma alegria conhecer de perto essas tradições e ser recebido com tanto respeito. Me senti integrado, pois estava me defrontando com as minhas origens afro-ameríndias. Dar luz a essas histórias nos ajuda a compreender melhor o legado ancestral”, disse ao grupo Rede Amazônica.
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A produção será exibida no Canal Bis na sexta-feira (12) à meia-noite, e no Globonews em 20 de dezembro, às 23h. Após a primeira exibição, ficará disponível para assinantes do Globoplay.
Sobre a produção no Amapá
O diretor do documentário Marcel Lapa, disse em entrevista ao Grupo Rede Amazônica, que o objetivo é mostrar amplamente a diversidade cultural do estado.
“O documentário foi pensado para mostrar ao mundo o lado cultural do Amapá, um estado muito rico, com muitas frentes e ideias. Nosso objetivo foi representar o máximo possível dessa diversidade cultural […]O documentário é vivo nas pessoas — não é apenas uma história que eu conto, mas a representação de todo o estado”, explicou o diretor.

A obra mistura conteúdo didático e informativo com uma pegada musical. O diretor disse ainda que o ponto de vista do marabaixeiro, artesãos e mestres de toque, possuem um destaque especial.
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São apresentados espaços como o Museu Sacaca e o quilombo do Patuazinho, além de quilombos como o Groove, Curiaú, Mazagão e a Aldeia do Manga.
“Apresentamos os ladrões do Marabaixo e lugares importantes do estado. Além dos espaços, mostramos seus representantes, porque acreditamos que o conteúdo precisa ser retratado pelo próprio povo amapaense”, disse Marcel.
Ele explicou que a ideia surgiu em diálogo com o governo do Amapá e a Secretaria de Cultura (Secult) O trabalho contou com acompanhamento de historiadores indicados pela secretaria.
O diretor também ressaltou a importância de Carlinhos Brown na produção. Para o artista, dar visibilidade nacional às tradições amapaenses é essencial. Ele destaca que o estado guarda riquezas culturais que ajudam o Brasil a compreender melhor sua própria formação.
“O Amapá faz com que um lugar muito simples, mas muito rico, convide o Brasil a se conhecer […] Foi como atravessar a alma num sonho, forte como o que sinto nos candomblés de Oxumarê na Bahia”, contou Brown.
*Por Isadora Pereira, da Rede Amazônica AP
