9 museus diferentes do que se espera na Amazônia

Existem museus de diversas categorias, que abrangem a vasta história da região amazônica e suas peculiaridades.

Os museus são de suma importância para a sociedade, pois eles são espaços dedicados à preservação, exposição ou estudo de objetos variados que representam a história e a cultura de um lugar. 

Na Amazônia, existem museus de diversas categorias, que abrangem a história da região. O Portal Amazônia encontrou alguns deles que são bem diferentes do esperado, seja por causa dos objetos expostos ou pela maneira que contam a história amazônica. Confira:

Museu Chico Mendes – Acre

A história de Xapuri mescla-se com a do Acre, sendo um capítulo especial. Dentre os moradores ilustres está Chico Mendes, líder seringueiro morto em dezembro de 1988. Ele viveu seus últimos momento em Xapuri. Sua residência fica na Rua Batista de Moraes, n°487, em um arruado de casas semelhantes em formas e sistemas construtivos.

A casa segue o estilo das construções ‘modernas’ acreanas e até da própria arquitetura vernácula da Amazônia. A planta traduz a simplicidade da construção, modelada com os espaços mais básicos para uma moradia: quatro cômodos, formados por sala, dois quartos e cozinha, interligados por um corredor lateral. 

Esse partido de planta remonta à ‘primeira hora da colonização do Brasil’, cujo tipo de planta recebeu as denominações de meia-morada ou morada inteira. Essa última se configurava quando se rebatia as alcovas (quartos de dormir), tornando o corredor o eixo central, dividindo a casa em duas partes distintas área social (sala) e área íntima (quartos e sala de viver/cozinha).

Atualmente, a casa de Chico Mendes é um museu. Passou por um processo de restauração em 2016, e reabriu em 2017 para visitação. A casa possui móveis e objetos originais do seringueiro.

Endereço: Rua Batista de Moraes, n°487, Xapuri
Funcionamento: de segunda a sábado, das 8h às 18h
Valor: entrada gratuita
Contato: (68) 3542-2651 

Casa de Chico Mendes. Foto: Reprodução/Governo do Acre

Museu à Céu Aberto da Segunda Guerra Mundial – Amapá

A Base Aeronaval de Amapá foi construída em 1941, um ano antes da entrada do Brasil no conflito, que ocorreu em 22 de agosto de 1942. A área da base mede 623,34 hectares e abrigou militares da marinha e do exército estadunidense e servia como ponto para reabastecimentos de aeronaves que seguiam para os EUA ou para a África.


A Base Aérea do Amapá fica a 15 km do centro de Município do Amapá, a 302km de Macapá, a capital e principal porta de entrada do estado do Amapá. Quando a guerra acabou, a base foi devolvida ao governo brasileiro. Por algum tempo ainda passou a ser usada como pista de pouso, mas infelizmente caiu em desuso e foi esquecida.

Atualmente, o local é um verdadeiro museu a céu aberto.
Foto: Reprodução/Secult AP

Museu do Crime – Amazonas

O Museu do Crime expressa, por meio de objetos e histórias, a relevância que o Poder Judiciário do Amazonas representa para a sociedade, além de promover uma maior aproximação com o público. O espaço proporciona uma viagem às histórias e casos jurídicos ocorridos na cidade de Manaus, muitos com repercussão nacional e internacional.

Longe de ser um ambiente frio, o museu, fundado em 2014, tornou-se um dos grandes atrativos turísticos, despertando a curiosidade e a atenção dos visitantes, além de uma mistura de sentimentos como surpresa, medo e paixão pela história.

Inicialmente localizado no Tribunal de Justiça, na Avenida André Araújo, Aleixo, foi transferido, em 2015, para o Centro Cultural Palácio da Justiça, na avenida Eduardo Ribeiro, Centro, e hoje opera sob a responsabilidade da Secretaria de Cultura. O local é aberto ao público para visitação.

Denominado como ‘Sala dos Crimes’, o espaço do Museu abriga objetos que foram usados para cometer crimes, como armas, motosserra, duplicadora de DVD, caça-níquel, balaclavas e máscaras. Os itens fizeram parte de processos criminais.

Em outro local do Museu foi criado um Tribunal do Júri similar ao do Tribunal de Justiça, onde eram julgados os crimes contra a vida, pelo Conselho de Sentença. Nele é possível entender como funciona o Tribunal do Júri, a função de cada participante e a ordem do julgamento.

Endereço: Avenida Eduardo Ribeiro, n°833, Centro, Manaus
Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 17h
Valor: entrada gratuita
Contato: (92) 3248-1844
E-mail: adm.ccpj@cultura.am.gov.br 

Foto: Divulgação/SEC AM

Museu do Reggae – Maranhão

O Museu do Reggae no Maranhão é o primeiro museu temático de reggae fora da Jamaica e o segundo do mundo. Está localizado no Centro Histórico de São Luís e foi fundado em 18 de janeiro de 2018. O museu tem como objetivo materializar as memórias do ritmo jamaicano que conquistou o Maranhão.

O Museu do Reggae do Maranhão conta com cinco ambientes. Na Sala dos Imortais, o espaço busca homenagear os grandes nomes do reggae maranhense que já morreram. Nos outros quatro ambientes, homenageia-se os tradicionais clubes de reggae de São Luís: Clube Pop Som, Clube Toque de Amor, Clube União do BF e Clube Espaço Aberto.
O público pode ter contato com discos raros, vídeos e fotos históricas, moda reggae ao longo do tempo, além de depoimentos gravados com personagens da cena reggae.

Endereço: Rua da Estrela, n°124, Centro Histórico de São Luís
Funcionamento: terça a sábado das 13h às 18h; domingo das 10h às 13h
Valor: entrada franca
Informações (98) 98137-2423

Foto: Reprodução/Museu do Raggae

Museu das Bonecas – Mato Grosso

Nos anos 50 e 60 as crianças não tinham tantos brinquedos como as de hoje, e esse foi um dos motivos que levaram a cuiabana Terezinha Barros a se tornar uma colecionadora de bonecas e, dessa forma, abrir um museu para expor sua coleção. Construído com recursos próprios, o museu é o único do gênero no país.

No museu estão expostas bonecas, como a Shirley Temple, atriz mirim que fez muito sucesso em filmes musicais da década de 40, a boneca da Yeda Maria Vargas, a brasileira eleita primeira Miss Universo, bonecas consideradas raras e de diferentes épocas, entre elas, da Carmem Miranda e o primeiro modelo da Barbie, lançado em 1959.

Endereço: Rua Bom Jesus de Cuiabá, n°90, Santa Maria, Cuiabá

Funcionamento: de terça a sexta das 14h às 17h; aos sábados das 9h às 12h e 14h às 17h
Valor: R$ 20

Informações: (65) 36261525 ou (65) 9981-4170 

Foto: Divulgação/TRT

Museu Nacional da Assembleia de Deus – Pará

A Assembleia de Deus foi fundada em 18 de junho de 1911 pelos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg e se tornou a maior igreja pentecostal do mundo. Em Belém, a igreja abriu o Museu Nacional da Assembleia de Deus, que se tornou um grande dos atrativos turísticos da capital paraense. O espaço reúne peças que marcaram os 106 anos de história da igreja e que estão disponíveis para visitação pública. 

São documentos, livros, instrumentos musicais, peças de uso pessoal, pinturas e fotografias, materiais cedidos pelas famílias dos primeiros pastores e pela própria comunidade assembleiana.

O museu possui um espaço musical, com a primeira edição da partitura da Harpa Cristã, e uma linha do tempo que retratará a história da Assembleia de Deus, desde a chegada dos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém, até os dias atuais.

Endereço: Avenida Governador Magalhães Barata, n°53, Nazaré, Belém
Funcionamento: de terça a sexta das 9h às 16h; sábados das 10h às 19h; domingos das 9h às 15h
Valor: entrada franca

Informações: (91) 99274-8724 

Foto: Divulgação/Agência Pará

Museu Internacional do Presépio – Rondônia

O Museu Internacional do Presépio expõe obras de artistas de todo os estados do Brasil e de 50 países, feitas com materiais recicláveis, palhas, cascas de nozes, gesso, palha de ouro, pedras, barro, cerâmica, entre outros. O espaço foi aberto para visitação em 2002 pelo Padre Enzo Guarino que, ao inaugurar o espaço juntamente com outros italianos, montaram o Presépio Monumental Permanente – um único grande presépio com de mais de 50m² que conta desde a história da criação da humanidade até a ressurreição de Jesus Cristo.

A obra foi tombada como Patrimônio Artístico do Estado de Rondônia em 25 de Junho do mesmo ano pelo Decreto Governamental nº9983. O museu contém 17 encenações com mais de 60 esculturas de cerâmica, doadas por artistas italianos. No Museu Internacional é possível conferir ainda, um acervo com mais de mil presépios e mais de 2.800 peças de artistas do mundo inteiro. São obras de vários estilos, origens e tamanhos.

Endereço: Rua Mané Garrincha, n°3154, Socialista, Porto Velho

Funcionamento: de terça a sábado, das 10h às 13h e 15h às 20h; aos domingos das 10h às 13h
Valor: entrada gratuita

Contato: (69) 3214-7443 

Foto: Divulgação/Governo de Rondônia

Museu dos Solos – Roraima

O Museu de Solos da Universidade Federal de Roraima (UFRR) foi fundado no ano de 2011, e inaugurado oficialmente em 2013. O espaço conta com monólitos das 13 Ordens de Solos do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, além de amostras de rochas e minerais, entre outras peças.

Estes materiais, facilitam aos professores o ensino em Ciência do Solo e dos recursos naturais em geral, constituindo uma excelente ferramenta didática, em que atributos morfológicos das principais classes de solos do Estado de Roraima, como cor, transição entre horizontes, profundidade, pedregosidade, podem ser observados pelos estudantes e/ou visitantes.
As observações têm grande importância no entendimento dos conceitos relacionados à gênese dos solos, como fatores e processos de formação do solo, relação solo paisagem etc. O principal objetivo do museu é conscientizar a sociedade de que o solo é um componente essencial ao meio ambiente e, portanto, essencial à vida, que deve ser conservado e protegido da degradação. O museu recebe grupos escolares e demais interessados. 
Endereço: Campus da UFRR – Via 2, Boa Vista
Funcionamento: de segunda a sexta das 8h às 18h
Valor: entrada franca

Informações: (95) 3627-2573 ou (95) 9114-0707

Foto: Reprodução/Intersolo

Museu de Artes e Ciências – Tocantins

No Museu de Artes e Ciências, em Aparecida do Rio Negro, há objetos diversos, de países, estados e regiões, épocas e significados diferentes, agregados a valores culturais por um colecionador norte-americano Robert Paul Yassany, que se apaixonou pelo Brasil e permaneceu no município por quase uma década.

Yassany, físico, artista plástico, ambientalista e preocupado com as dificuldades da comunidade local, ‘Bob’ como ficou conhecido em Aparecida, colaborou com a educação dando aulas de inglês como voluntário, no projeto da horta e nas escolas, municipal e estadual. Iniciou seu trabalho museológico, organizando suas coleções de arte e objetos científicos de forma a fornecer acesso, visitação e integração a visitantes locais e turistas.

Assim nasceu o Museu de Artes e Ciências em 2005, com a integração entre comunidade, educação, arte e ciência. O cadastro do Museu no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) acontece em 2007, como(Instituição Privada). Em novembro de 2010, é criada a AMAC, Associação do Museu de Artes e Ciências, com a finalidade de ser a instituição mantenedora do Museu. Seu Estatuto abrange projetos voltados a preservação ambiental, histórico, educacional, científico, cultural e social.

Endereço: Avenida Beira Rio, Quadra 15 Lote 5, Aparecida do Rio Negro
Funcionamento: agendamento
Valor: entrada gratuita
Contato: (63) 99967-3082 

Foto: Divulgação/Museu de Artes e Ciências

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