O Novo Olhar – A Revolução Humana Individual – Parte 2

Somente o novo olhar nos permite ver o quanto é importante trabalharmos em conjunto para desenvolvermos uma vida digna, tanto pelo simples fato do prazer de viver, quanto para proteger o caminho das gerações futuras.

Macro do olho humano – Foto: Shutterstock.

Na coluna anterior, abordamos a questão sobre como a tartaruga da inovação social vem impactando as questões globais e como isto está relacionado com a revolução humana.

O filósofo, escritor e poeta japonês, Daisaku Ikeda, em seu livro Coragem, faz a seguinte definição: “Revolução Humana significar abrir os olhos amplamente e contemplar além das preocupações comuns, esforçar-se e empreender ações por algo mais elevado, mais profundo e mais vasto.” Dando continuidade, vamos entender como iniciar esta jornada que nos acompanhará continuamente. O intuito não é criar um passo a passo ou um guia, mas elencar alguns pontos que, em minha opinião, são fundamentais. São eles: acreditar no seu potencial; desenvolver um novo olhar; mapear novos horizontes; agir.

Vamos detalhar um pouco mais cada um destes pontos!

Acreditar no seu potencial

Diversos estudos e filosofias apontam que o potencial humano é ilimitado, mas de nada adianta se cada um não enxerga o próprio potencial e, mais do que enxergar, aceitar. No cotidiano, é costumeiro nos depararmos com obstáculos e dificuldades – e é nesta hora que temos a oportunidade de iniciar a revolução em questão.

Para ser boa e significativa, a revolução humana deve se basear em convicções claras. A independência em buscar esta transformação não é governada por impulsos egoístas nem pelo instinto: na verdade, está em harmonia com todas as coisas, em um espírito altruísta e de compaixão, que visa a felicidade de todos os seres.

Desta forma, um dos benefícios em reconhecer o potencial inato e ilimitado é estar mais preparado para enfrentar as complexidades, as incertezas e as emergências do mundo contemporâneo, sem esquecer, é claro, das artificialidades.

Desenvolver um novo olhar

Absolutamente. Este ponto é primordial, porque nele reside o poder de ampliar a capacidade de percepção do mundo interior e a realidade externa.

Para avançar neste ponto é importante fazer a seguinte auto reflexão: quem eu quero ser? Em quem eu desejo me tornar? Estas duas perguntas te guiarão, se respondidas de forma sincera e genuína, para um caminho onde você poderá experimentar um potencial que era, até então, desconhecido.

Consequentemente, você irá expandir o leque de possibilidades e oportunidades – onde os demais só enxergam obstáculos. Só a revolução humana pode nos mostrar como utilizar os computadores e os satélites, os equipamentos e os instrumentos, os aparelhos eletrônicos e a inteligência artificial, a criptografia e o blockchain, para tratarmos as questões globais atuais para o bem da nossa comunidade local e global.

Somente o novo olhar nos permite ver o quanto é importante trabalharmos em conjunto para desenvolver uma vida digna, tanto pelo simples fato do prazer de viver quanto para proteger o caminho das gerações futuras.

Pôr do Sol no Salar de Uyuni – Foto: Shutterstock.

Mapear novos horizontes

Para sobreviver enquanto espécie, precisamos alterar urgentemente o modo de vida contemporâneo, assim como a forma que enxergamos o meio ambiente.

Primeiramente, é preciso parar de olhar a natureza como uma entidade que existe para ser subjugada em benefício dos seres humanos. É bom ressaltar que a nossa sobrevivência está diretamente ligada ao ecossistema global. Infelizmente, o modo de vida cultuado pelo consumismo material e pelas narrativas de felicidade material pressupõe que os recursos naturais estão à disposição e com reposição contínua.

Portanto, identificar novos horizontes é entender que, onde existe dilema, há espaço para inovação e para a construção de um modelo melhor. Consequentemente, novos negócios irão gerar impactos positivos na sociedade e em nossas vidas.

Agir

Inevitavelmente, existe uma gama de oportunidades ocultas nestes horizontes que, aliadas às capacidades humanas adormecidas, podem transformar a sociedade global de tal forma que poderemos restabelecer a ordem e harmonia entre os seres humanos e a natureza.

Eu, particularmente, percebo grandes incongruências em nossa sociedade, como por exemplo, a utilização de uma grande quantidade de energia e esforços empreendidos visando desenvolver a inteligência artificial e suas respectivas aplicações – mesmo sendo esta complexa e, de certo ponto, até impopular, pelos riscos desconhecidos.

Por que não nos concentrar na promoção da inteligência humana? Provavelmente, seria mais importante e gratificante, já que pode ser encontrada em cada indivíduo. Não que eu seja contra o avanço tecnológico, pois é de senso comum que o surgimento do computador e o avanço da tecnologia trouxeram grandes avanços para a humanidade. Mas, por outro lado, é perceptível o roubo de parte da nossa humanidade, já que nesse sistema binário e até mesmo no quântico, não há espaço para considerações éticas, juízos de valor e emoções.

Enfim, a revolução humana não se esgota nestes quatros pontos que elenquei previamente, mas são pontos de partida para o nosso auto aprimoramento enquanto seres humanos.

Alguns podem considerar que é utopia, mas se é possível sonhar, é possível realizar. Tudo, definitivamente tudo, depende de nossa decisão individual, até porque estamos abordando a Revolução Humana Individual.

Estou trabalhando a minha, e espero que você inicie a sua!

Gostaria muito de saber a sua opinião sobre esta e as demais colunas! Se puder, clique aqui e faça seu comentário no post desta coluna.

Até breve!

Vitor Kurahayashi

Vitor Kurahayashi é mentor e consultor, fundador da Hayashi Consultoria , diretor no grupo Travel Corp, professor em MBA nos cursos de Gerenciamento de Projetos e Gestão Estratégica de Negócios, atua como voluntário no Instituto Soka Amazonas e no Capítulo Amazônia do Project Management Institute (PMI-AM). Administrador pela Universidade Católica de Brasília – UCB, Master in Business Administration em Gerenciamento de Projetos pela FGV e em Gestão Estratégica de Negócios pela UCB; doutorando em Educação Superior pela Universidade Nacional de Rosario – UNR, na Argentina. 

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