As 5 principais tendências para os negócios em 2023
Ao longo dos últimos 24 meses, as organizações globais e locais, sem exceção, enfrentaram desafios grandiosos e tiveram que se adaptar perante às incertezas que provocaram mudanças nos planejamentos estratégicos. E em 2023 isso se manterá.
Todas as empresas terão que lidar com os efeitos da invasão russa na Ucrânia, com os ciclos da pandemia global que, uma vez mais, a partir da explosão de casos na China, demonstra que esta questão ainda não foi resolvida, com os desafios econômicos em conjunto a uma possível recessão econômica global e o desenvolvimento cada vez mais veloz da tecnologia.
Portanto, apresento aqui as cinco tendências que, acredito, terão o maior impacto como trabalhamos e como fazemos negócios, com o intuito de buscar o auto-aprimoramento para mitigar os riscos e maximizar as oportunidades.
1. Implicações das novas tecnologias
Em 2023, através do contínuo aprimoramento de tecnologias transformadoras, como a Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), Realidade Aumentada e Virtual (AR/VR), Computação em Nuvem, Blockchain e Protocolos 5G, possibilitarão uma nova gama de combinações que, até então, não se mostravam eficaz.
Uma grande tendência são as novas soluções de cooperação entre humanos e a IA (vide as possibilidades a partir do ChatGPT (link https://openai.com/blog/chatgpt/), automação de tarefas repetitivas ou que exijam alta precisão, permitindo que o capital humano seja concentrado em tarefas mais complexas ou criativas.
Paralelamente, os suportes a decisões, por exemplo, ao fazer uso da análise de dados ou previsão de resultados, nos aproximam mais do que nunca daquilo que podemos nomear como "empresas inteligentes", onde os profissionais e as tecnologias apoiam-se mutuamente da maneira mais eficiente e eficaz possível.
Com a consolidação e a maturação dessas tecnologias, os custos reduziram drasticamente permitindo a utilização por organizações de todos os portes.
2. Perspectivas econômicas, inflação e cadeia de suprimentos
Desta maneira, a desglobalização tem um impacto imediato na inflação porque não se constrói novas cadeias de suprimentos da noite para o dia, mas, principalmente, devido às políticas monetárias dos bancos centrais que precisam estimular a economia ao mesmo tempo que não podem permitir o crescimento da inflação.
Esse paradoxo que, em tempos de crise, coloca todos em modo de atenção porque vivemos tempos de mudanças estruturais e, consequentemente, tornam todos mais expostos a surpresas - tanto positivas quanto negativas.
3. Sustentabilidade
Os recentes eventos climáticos ao redor do mundo, como as fortes tempestades em Lisboa, o ciclone bomba que derrubou a temperatura em diversas cidades nos EUA, dentre outros, serão cada vez mais extremos e rotineiros.
Definitivamente, os líderes globais e empresariais estão cada vez mais acordando para o fato que esses eventos – desastres climáticos - representarão impactos maiores do que qualquer outro risco para as economias, limitando o tão costumeiro "crescimento contínuo".
Consequentemente, os investidores e os consumidores irão preferir empresas com projetos efetivos nos âmbitos ambiental e social. Desta forma, as empresas terão que garantir que os projetos e os processos ambientais, sociais e de governança (ESG) tenham relação direta com os objetivos estratégicos.
4.Capital de seres humanos
Algumas áreas que podem ser particularmente promissoras no futuro incluem a inteligência artificial, a cibersegurança, a programação e o desenvolvimento de aplicativos, a ciência de dados e a nuvem.
No entanto, é importante lembrar que o mundo da tecnologia está em constante mudança e que os profissionais precisam estar dispostos a aprender novas habilidades e tecnologias para se manterem atualizados e relevantes no mercado de trabalho.
Paralelamente, é importante ressaltar que há a possibilidade que algumas profissões tecnológicas sejam substituídas por tecnologias ainda mais avançadas, à medida que essas se tornam mais acessíveis e amplamente utilizadas.
As profissões nas áreas humanas e sociais também tem um futuro promissor, pois as necessidades e as preocupações das pessoas não desaparecerão. Algumas áreas que podem continuar sendo importantes no futuro incluem a Psicologia, a Educação, a Assistência Social, a Política e a Administração Pública e Privada.
Adicionalmente, a crescente conscientização sobre questões de saúde mental, diversidade e inclusão, bem como a mudança climática, pode levar a uma maior demanda por profissionais que trabalham nessas áreas porque os seres humanos compartilharão cada vez mais seu trabalho com máquinas e robôs inteligentes - e isso tem enormes implicações para as habilidades e talentos que as empresas exigirão no futuro.
Isso significará requalificação e qualificação de grande número de pessoas em todos os ramos, bem como o recrutamento de novas pessoas que tenham as habilidades necessárias para o futuro tecnológico.
Sem sombra de dúvida, em 2023, habilidades como criatividade, pensamento crítico, comunicação interpessoal, liderança e aplicação de qualidades "humanitárias", como cuidado e compaixão serão extremamente necessárias.
5. Planejamento estratégico em cone
O planejamento estratégico fundamentado em projetos e considerando abordagens estratégicas por seção tem sido cada vez mais relevantes para a consolidação das organizações.
Desenvolvido pela Amy Webb, CEO do Future Today Institute, este framework permite aos gestores obter dados e evidências à medida que os projetos avançam. Ao contrário de uma linha do tempo tradicional, o planejamento em cone possibilita uma flexibilidade para responder aos riscos e maximizar as oportunidades conforme o avanço dos projetos.
Existem inúmeras expectativas sobre o ano de 2023 devido auma diversidade de fatores. Logo, o primordial é entender se o caro leitor está preparado para se adaptar aos mais distintos cenários que estão por vir.
Despeço-me desejando um Feliz Ano Novo repleto de prosperidade, sabedoria, paciência e gratitude a todos!
Vitor Raposo é Humanista e Empreendedor. Doutorando e Mestre em Ciências da Educação pela Facultad Interamericana de Ciências Sociales – FICS; especialista em Inovação e Negócios pela Nova Business School, em Gerenciamento de Projetos pela FGV e em Gestão Estratégica de Negócios pela UCB. Fundador da Hayashi, sócio da TravelCorp e da Sala VIP Harmony Lounge no Brasil e da Rede Consultoria Educacional em Portugal. Atua como voluntário no Capítulo Amazônia do Project Management Institute (PMI-AM).
*O conteúdo é de responsabilidade do colunista
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