6 tendências que ganharão força a partir de 2022
Estimados leitores,
Definitivamente, 2021 não foi um ano fácil. Foi necessário seguir enfrentando muitos desafios que questionaram o nosso modo de ver a vida. Com a chegada de um novo ano, é tempo de renovar as esperanças e de planejar novos objetivos.
Para tanto, gostaria de compartilhar seis tendências para os próximos anos:
1. Se interesse e invista em tecnologias profundas
Grande parte da atual geração de empreendedores e investidores de sucesso estão diretamente relacionados com a tecnologia. Contudo, na prática, ainda estamos engatinhando nas soluções possíveis, uma vez que estamos "limitados" ao desenvolvimento de aplicativos e sistemas.
Para os próximos anos, devemos nos preparar para o surgimento de empresas (startups) focadas em resolver, literalmente, problemas da vida real das pessoas. Portanto, se interesse e invista um tempo para aprender sobre tecnologias profundas e promissoras.
2. Novos ecossistemas de inovação
Com a democratização do conhecimento através do avanço da tecnologia e o grande apetite ao risco dos Venture Capitals (modalidade de investimento focada em empresas/startups de até médio porte), regiões e cidades ao redor do mundo vêm tentando desenvolver os seus próprios "Vales do Silício".
Isso vem permitindo o surgimento de ecossistemas inovadores em locais antes considerados improváveis. Consequentemente, as próximas gerações de empresas disruptivas surgirão de lugares como o "novo" velho continente europeu, a "paupérrima" África e a "atrasada" América Latina.
3. O momento das BioTechs
Se analisarmos com sabedoria perceberemos que o futuro é das BioTechs e que possivelmente pelo nosso ceticismo e preconceito, a grande maioria não percebeu este "sinal" no GPS.
Mas não se engane! Elas estão por toda a parte, contudo não são vistas a olho nu. É preciso lentes de conhecimento e imaginação para perceber que uma nova onda de empresas que transformarão a nossa vida e, por consequência, irão impulsionar novos mercados como o de Food Techs e de Clean Techs já surgiram e estão atuando nos bastidores de forma frenética.
4. O novo consumidor
Felizmente, uma nova era de consumidores conscientes vêm surgindo com o passar dos anos. As pessoas já estão cansadas da sustentabilidade "para inglês ver". O surgimento de uma maior força regulatória e com os clientes se tornando cada dia mais intolerantes com os danos provocados por um produto e ou serviço, ganha a cada dia mais peso.
O surgimento de um público que se torna consciente e intolerante com aquilo que dá resultado mas faz mal, oportuniza um novo mercado, das Climate Techs, que ganhará ainda mais força e importância nos próximos três anos.
5. Nova maneira de fabricar
A crise na rede de fornecimento provocada pela pandemia, acendeu um sinal de urgência no mercado global. O modelo de made in China fracassou e escancarou o quanto somos sensíveis e suscetíveis ao colapso devido à nossa interdependência.
Desde as cadeias de fornecimento ineficientes, passando pelo excesso de produtos que criam danos ao planeta e ao mesmo tempo são inacessíveis a milhões de pessoas que precisam deles, tudo entrou em colapso.
Devemos nos preparar não apenas para conseguir fabricar coisas novas, mas desenvolver novas capacidades para mudar a forma como criamos e fabricamos as coisas novas, e no centro disso está a nossa capacidade de desenvolver novos modelos mentais de como "reimaginar" isto tudo.
6. Empresas verdadeiramente humanas
A pandemia permitiu que todos nós, sem exceção, pudéssemos refletir sobre os nossos propósitos de vida ou no mínimo sobre como estávamos a viver diante de uma rotina frenética e desgastante.
O resultado é que muitas pessoas decidiram "mudar" de vida e passaram a valorizar aspectos que antes não consideravam importantes, como a saúde mental e bem-estar social. Logo, muito em breve presenciaremos empresas se tornando bombas-relógios prontas para explodir por manterem uma cultura distante dos valores humanos e focados no lucro.
O FUTURO,
Serão inúmeras as mudanças vindouras e precisamos expandir nossas perspectivas para nos adaptarmos, uma coisa é certa, não será fácil.
Deixo aqui uma sugestão provocativa, o drama ambientado em um futuro próximo: 'O Canto Do Cisne', que conta a história de uma jornada emocionante e poderosa pelo ponto de vista de um pai e marido amoroso diagnosticado com uma doença terminal que recebe uma solução alternativa da médica para proteger a família do luto.
O filme aborda o amor, a ética, a autoestima e a função da Deep Tech (tecnologia profunda), a partir de uma perspectiva muito interessante para refletirmos!
Para finalizar, gostaria de agradecer a sua companhia quinzenal e desejar um Ano Novo de muita prosperidade, longevidade e felicidade! Que possamos nos tornar ainda mais genuínos e verdadeiramente humanos!
Boas Festas!
Sobre o autor
Vitor Raposo é empreendedor em diversos segmentos, mentor, consultor e professor. Doutorando em Humanidades e Artes pela Universidade Nacional de Rosario – UNR, na Argentina; especialista em inovação e negócios pela Nova Business School em Portugal, em Gerenciamento de Projetos pela FGV e em Gestão Estratégica de Negócios pela UCB. Atua como voluntário no Instituto Soka Amazonas e no Capítulo Amazônia do Project Management Institute (PMI-AM).
*O conteúdo é de responsabilidade do colunista
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