Serão inúmeras as mudanças vindouras e precisamos expandir nossas perspectivas para nos prepararmos para os próximos capítulos das nossas vidas!
Estimados leitores,
Definitivamente, 2021 não foi um ano fácil. Foi necessário seguir enfrentando muitos desafios que questionaram o nosso modo de ver a vida. Com a chegada de um novo ano, é tempo de renovar as esperanças e de planejar novos objetivos.
Para tanto, gostaria de compartilhar seis tendências para os próximos anos:
1. Se interesse e invista em tecnologias profundas
Grande parte da atual geração de empreendedores e investidores de sucesso estão diretamente relacionados com a tecnologia. Contudo, na prática, ainda estamos engatinhando nas soluções possíveis, uma vez que estamos “limitados” ao desenvolvimento de aplicativos e sistemas.
Para os próximos anos, devemos nos preparar para o surgimento de empresas (startups) focadas em resolver, literalmente, problemas da vida real das pessoas. Portanto, se interesse e invista um tempo para aprender sobre tecnologias profundas e promissoras.
2. Novos ecossistemas de inovação
Com a democratização do conhecimento através do avanço da tecnologia e o grande apetite ao risco dos Venture Capitals (modalidade de investimento focada em empresas/startups de até médio porte), regiões e cidades ao redor do mundo vêm tentando desenvolver os seus próprios “Vales do Silício”.
Isso vem permitindo o surgimento de ecossistemas inovadores em locais antes considerados improváveis. Consequentemente, as próximas gerações de empresas disruptivas surgirão de lugares como o “novo” velho continente europeu, a “paupérrima” África e a “atrasada” América Latina.
3. O momento das BioTechs
Se analisarmos com sabedoria perceberemos que o futuro é das BioTechs e que possivelmente pelo nosso ceticismo e preconceito, a grande maioria não percebeu este “sinal” no GPS.
Mas não se engane! Elas estão por toda a parte, contudo não são vistas a olho nu. É preciso lentes de conhecimento e imaginação para perceber que uma nova onda de empresas que transformarão a nossa vida e, por consequência, irão impulsionar novos mercados como o de Food Techs e de Clean Techs já surgiram e estão atuando nos bastidores de forma frenética.
4. O novo consumidor
Felizmente, uma nova era de consumidores conscientes vêm surgindo com o passar dos anos. As pessoas já estão cansadas da sustentabilidade “para inglês ver”. O surgimento de uma maior força regulatória e com os clientes se tornando cada dia mais intolerantes com os danos provocados por um produto e ou serviço, ganha a cada dia mais peso.
O surgimento de um público que se torna consciente e intolerante com aquilo que dá resultado mas faz mal, oportuniza um novo mercado, das Climate Techs, que ganhará ainda mais força e importância nos próximos três anos.
5. Nova maneira de fabricar
A crise na rede de fornecimento provocada pela pandemia, acendeu um sinal de urgência no mercado global. O modelo de made in China fracassou e escancarou o quanto somos sensíveis e suscetíveis ao colapso devido à nossa interdependência.
Desde as cadeias de fornecimento ineficientes, passando pelo excesso de produtos que criam danos ao planeta e ao mesmo tempo são inacessíveis a milhões de pessoas que precisam deles, tudo entrou em colapso.
Devemos nos preparar não apenas para conseguir fabricar coisas novas, mas desenvolver novas capacidades para mudar a forma como criamos e fabricamos as coisas novas, e no centro disso está a nossa capacidade de desenvolver novos modelos mentais de como “reimaginar” isto tudo.
6. Empresas verdadeiramente humanas
A pandemia permitiu que todos nós, sem exceção, pudéssemos refletir sobre os nossos propósitos de vida ou no mínimo sobre como estávamos a viver diante de uma rotina frenética e desgastante.
O resultado é que muitas pessoas decidiram “mudar” de vida e passaram a valorizar aspectos que antes não consideravam importantes, como a saúde mental e bem-estar social. Logo, muito em breve presenciaremos empresas se tornando bombas-relógios prontas para explodir por manterem uma cultura distante dos valores humanos e focados no lucro.
O FUTURO,
Serão inúmeras as mudanças vindouras e precisamos expandir nossas perspectivas para nos adaptarmos, uma coisa é certa, não será fácil.
Deixo aqui uma sugestão provocativa, o drama ambientado em um futuro próximo: ‘O Canto Do Cisne‘, que conta a história de uma jornada emocionante e poderosa pelo ponto de vista de um pai e marido amoroso diagnosticado com uma doença terminal que recebe uma solução alternativa da médica para proteger a família do luto.
O filme aborda o amor, a ética, a autoestima e a função da Deep Tech (tecnologia profunda), a partir de uma perspectiva muito interessante para refletirmos!
Para finalizar, gostaria de agradecer a sua companhia quinzenal e desejar um Ano Novo de muita prosperidade, longevidade e felicidade! Que possamos nos tornar ainda mais genuínos e verdadeiramente humanos!
Boas Festas!
Sobre o autor
Vitor Raposo é empreendedor em diversos segmentos, mentor, consultor e professor. Doutorando em Humanidades e Artes pela Universidade Nacional de Rosario – UNR, na Argentina; especialista em inovação e negócios pela Nova Business School em Portugal, em Gerenciamento de Projetos pela FGV e em Gestão Estratégica de Negócios pela UCB. Atua como voluntário no Instituto Soka Amazonas e no Capítulo Amazônia do Project Management Institute (PMI-AM).
*O conteúdo é de responsabilidade do colunista