O que a Covid trará de mudanças para o mercado nos próximos 10 anos

Os próximos 10 anos serão marcados por novas tendências de mercado que vão surgir para atender a essas novas demandas geradas pelos nossos novos comportamentos.

A pandemia trouxe muitas mudanças para a rotina das famílias e também para o mercado de trabalho, o formato de atuação em escritórios, comércios e tipos de serviços que surgiram com muita intensidade. A cada transformação gerada, outras demandas e realidades de mercado surgem e nós temos a missão de acompanhar essa evolução.

Se estamos perto ou não do fim desse caos, não sabemos exatamente, entretanto, os próximos 10 anos serão marcados por novas culturas, hábitos e tendências de mercado que vão surgir para atender a essas novas demandas geradas pelos nossos novos comportamentos. 

Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

FORMATO DE TRABALHO

O formato de trabalho tende a migrar, em uma proporção significativa, para a atuação a distância. 03 a cada 10 empresários e empresárias já afirmam que vão mudar suas operações para o campo digital ou a distância. Isso vai gerar muitas demandas de mercado de produção de bens de consumo e utilidades para que isso aconteça.

Considerando que muitas autoridades já começaram a considerar o ensino em casa como uma realidade, a educação também tende a acompanhar essa mudança. Com isso, teremos a geração de vários novos comportamentos na sociedade de uma forma geral.

MERCADOS QUE VÃO CRESCER COM OS NOVOS HÁBITOS

– Móveis: com o aumento do trabalho e ensino em home office, o mercado industrial de móveis tende a crescer muito. Como uma alternativa de menores preços, os fabricantes caseiros também vão receber muitos pedidos de compras.

– Fones de ouvido: o trabalhou ou ensino sendo realizados em casa, o uso desse equipamento é uma realidade. O mercado industrial de produtos de entretenimento tende a ficar aquecido em níveis de demandas, produção e novas contratações que atendam a esse novo formato.

– Fisioterapia: com o aumento dos trabalhos manuais, principalmente com o uso de computadores, casos de tendinite, nervos comprimidos e problemas similares tendem a aumentar, o que vai gerar uma demanda direta de tratamentos de fisioterapia clínica e domiciliar.

– Equipamentos médicos: com os tratamentos de fisioterapia aumentando, também há a projeção de demandas de produtos e artigos de sustentação corporal. Talas, apoios para braços e pernas e descansos de pescoço são alguns dos destaques que podemos ressaltar. Essas demandas gerarão novas contratações para a indústria e comércio, principalmente.

– Plataformas digitais de ensino: o aumento de oferta de educação via internet já é uma realidade durante a pandemia. Cursos profissionalizantes, principalmente. Além disso, também há a tendência do mercado universitário migrar, uma parte, para o EAD, o que vai gerar demandas diretas de profissionais que desenvolvam sites, plataformas e espaços digitais para suportar a demanda de alunos.

– Games digitais: com o crescimento de atividades em casa, as pessoas tendem a ficar mais introvertidas e estressadas. Isso, de forma subconsciente, vai criar a necessidade das pessoas querem recursos e meios para a diversão. O mercado de videogames projeciona crescimento para atender a essa demanda.

– Viagens e turismo: esse é um mercado que também projeta crescimento, principalmente para o público consumidor com pessoas da terceira idade. Isso pode ocorrer pelo fato de que a pandemia trouxe o sentimento de que o tempo deve ser mais aproveitado por todos nós, pois nunca saberemos o que pode acontecer amanhã. Sendo assim, muitas pessoas desse público, que antes preferia ficar em casa, começarão a exercitar o turismo com familiares, cônjuges, filhos, netos e amigos. Dentro desse contexto, muitos casais também começarão a comemorar datas como aniversário de casamento, o que tende, proporcionalmente, a aumentar a demanda para viagens entre pessoas com faixa etária de 25 a 55 anos. 

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

MERCADOS QUE PODEM DECAIR

– Automobilístico: com a projeção de continuidade de pessoas em casa, muitas famílias vão optar por não comprarem automóveis novos, dando prioridade para transportes rápidos, normalmente feitos por aplicativos. Dessa forma, o mercado industrial de veículos tende a ter encolhimento: o direto na produção em si, componentes, peças, sistemas e outros itens complementares.

– Shopping center: o comportamento de estar em casa pode gerar a demanda de preguiça para sair como sempre fizemos até hoje. Esse novo hábito requer um grande desafio para esse mercado que vai continuar existindo, desde que implemente novidades para o consumo que mobilize pessoas.

– Vendas de materiais didáticos para crianças e adolescentes: se a lei que autoriza o ensino ser fornecido com a opção de alunos estarem em casa, a tendência é que os materiais didáticos sejam produzidos internamente nas plataformas que serão usadas, diminuindo o consumo de lápis, livros e similares.

– Bancos e instituições financeiras convencionais: o aumento de empresas de pagamentos digitais começou a criar uma nova ordem para o sistema econômico bancário. Algumas delas já começaram, inclusive, a criar mecanismo que substituem a tradicional poupança, com rendimentos maiores.

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular. 

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