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Sábado, 20 Abril 2024

Não me sinto mais feliz na minha profissão. O que faço?

Muitos profissionais passam pelo momento de saturação da carreira. Ele é conhecido como o cansaço de rotina, atividades operacionais e falta de inovações na função que exerce. Alguns estudos vêm sendo conduzidos há muitos anos para a tentativa de identificação de gatilhos comportamentais que possam estimular as pessoas a não desistirem de suas atuações, entretanto o que vem sendo constatado são algumas síndromes como a Síndrome de Burnout, que é o estado extremo de sobrecarga profissional que o mundo moderno tem trazido para a sociedade. Entretanto, nem sempre é o caso, podendo haver vários fatores que podem influenciar a pessoa a chegar no momento de fadiga profissional.

Nesse artigo, vamos tratar sobre pontos que normalmente acontecem no dia-a-dia e que passam desapercebidos por muitos de nós, para assim conseguirmos identificar se não é algo de momento ou um fator real. 

Foto: Magnet.me/Unsplash

LIMITAÇÕES DE ATIVIDADES E IDEIAS

Você já teve um excelente projeto e nunca teve a confiança da liderança da sua empresa para o desenvolvimento dele? Pois é.... esse é o principal motivo que faz muitos/as profissionais desistirem de suas profissões. A frustração de não conseguir desenvolver ideias é tão significativa que chega ao extremo de uma decisão que pode ser arriscada.

Todo/a e qualquer profissional pensa no futuro, em novos voos e iniciativas que possam gerar resultados efetivos para a sua empresa e para o seu currículo. Se você pensa dessa forma, mas não é estimulado/a a isso, precisa avaliar se a decisão de desistir da sua profissão não é algo de momento. Se for, a decisão de mudança pode ser muito frustrante depois de alguns anos.

O QUE FAZER: se você sente que o seu potencial não está sendo explorado o suficiente, o desenvolva em atividades complementares/paralelas ao seu atual trabalho. Mantenha a mesma linha de ideal de crescimento e nunca permita que um/a chefe/a possa tolher a sua capacidade. Essas atividades paralelas não é trabalhar com a concorrência, mas sim criar projetos próprios e começar a desenvolvê-los gradualmente, sem pressa. Com a insistência na iniciativa, com o tempo dará certo e toda a motivação voltará à tona. É questão de tempo.

PROBLEMAS FAMILIARES

Outro fator constatado em nossas pesquisas é problemas e conflitos familiares. Longe do mito popular de que quando se vai trabalhar é necessário esquecer tudo de fora da empresa, é um ponto que influencia muitos profissionais em seus níveis diários de produtividade.

O casamento em crise, um problema com os filhos, pais ou amigos estão na linha de frente de incentivo à desmotivação, que pode ser confundida com o sentimento de não ter mais felicidade com o que faz. 

Foto: Magnet.me/Unsplash

REALMENTE PRECISO MUDAR DE PROFISSÃO

Se nenhum dos motivos acima acontece com você e, mesmo assim, quer mudar de profissão, realmente é um fator real, não motivado por algo circunstancial. Dessa forma, abaixo vamos tratar sobre algumas alternativas que podem surtir bons resultados:

- Há algum sonho antigo, de infância? Se sim, é hora de começar a estudar mais sobre o assunto, e se for algo que lhe completa mentalmente, mergulhe de cabeça. Entretanto, é necessário termos a consciência de que um novo projeto pode não funcionar de forma tão rápida, demandando um certo tempo para amadurecimento no mercado.

- Há algo que você faz muito bem, mas que não atua como profissional? Sempre temos algo que fazemos muito bem. Uns com as mãos, outros com o pensamento, outros com criação e tantos outros aspectos. No momento de troca de profissão, precisamos listar todos esses fatores, para assim termos uma ideia mais ampla de para onde devemos ir. O recomendável é que faça uma lista com 5 coisas. Dentro dessas 5 coisas, devemos avaliar o que fazemos de forma mais aprimorada. É lá que temos que ir.

- Conhece alguém da nova área que pretende seguir? Se a resposta for sim, peça a essa pessoa que passe um dia com ela, vendo como é o trabalho, as atividades e dificuldades rotineiras. Isso pode ajudar a comprovar que vamos migrar para uma área que nos satisfaça como pessoal e profissional. Se a comprovação for negativa, devemos voltar para a lista dos 5 e desenvolver uma nova análise.

- Há recursos financeiros para fazer cursos na nova área? Se sim, faça. Se não, o ideal é que possamos recorrer a cursos gratuitos na internet, que hoje são financiados por instituições de ensino de todo o país através de recursos disponibilizados especificamente para isso. Se isso não der certo, o ideal é que procuremos alguém que já tenha feito o curso e que possa nos disponibilizar apostilas, conteúdos ou outros artigos que possamos estudar.

- Como devo aprender a nova área com experiências de terceiros? Em todas as áreas profissionais existem as pessoas de referências, que normalmente participam de entrevistas, ou escrevem artigos ou possuem canais em internet. É muito interessante que façamos um estudo sobre essas pessoas, ouvindo o que elas têm a dizer, as dificuldades e sucessos que tiveram. Dessa forma, poderemos embasar os nossos planos de ações para alcançar o objetivo que queremos.

- Quer migrar para uma nova área completamente desconhecida por você? Não há problema, por mais que muitos especialistas digam que essa não é uma boa opção. Se a decisão final é a migração, é indiferente para onde, afinal que seja conhecida ou não pelo/a profissional, terá, da mesma forma, a fase de aprendizado prático.

Mudar de profissão não é uma tarefa fácil. Requer reservas financeiras, tempo para amadurecimento das novas atividades, reconhecimento do mercado e muita paciência.Se mesmo assim, a sua ideia for colocar em prática, vá e faça.

E então? Vamos para a prática?


Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Articulista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular. 

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