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Sábado, 20 Abril 2024

Como buscar recolocação em áreas com poucas vagas

Mesmo para as áreas que possuem mais oportunidades/vagas no mercado, a situação já não está boa, não é verdade? Imagina só para áreas que são fechadas, com poucas oportunidades e exigências acima da média? O momento ainda é muito complicado para a geração de empregos de uma forma geral, entretanto, já estivemos em momentos piores. Esse momento começa a abrir novas frentes com novos investimentos internacionais, principalmente vindos da China. Essa nova abertura gerará muitas novas oportunidades, diretas CLT e também com contratações de consultorias.

Para buscar a sonhada recolocação em áreas com poucas vagas não há uma fórmula exata ou padronizada, mas sim um conjunto de atitudes que pode trazer o chamado para a entrevista e, posteriormente, o sim para a contratação final. É um desafio enorme? Sem dúvida, mas é possível.

Nesse artigo vou abordar os principais fatores que coletei com profissionais que conseguiram se recolocar, no período da crise, em áreas de difícil acesso e com pouca abertura de vagas.

Reprodução: Divulgação

Fazendo contatos pessoais 

Esse é o fator mais poderoso para prospectar novos contatos que podem prover uma oportunidade de emprego ou de negócios. Por mais que tenhamos vergonha ou receio de fazer abordagens mais próximas, muitos(as) gestores(as) gostam desse tipo de iniciativa. Outros, não, o que é naturalmente normal. Entretanto, precisamos entender que, mesmo correndo o risco de termos rejeição de quem não gostar da abordagem, temos que agir. Num universo de uma população de milhões de pessoas, um grupo de 10, 20 ou 30 que não gostarem de nossas abordagens é uma amostra pequena. Qualquer profissional precisa apenas de uma oportunidade. Se 50 contatos pessoais forem feitos, 49 não gostarem e apenas 01 gostar, é o que basta. Para nós, profissionais, o que importa é o sim, independente de quantos nãos podem vir.

Para fazermos esses contatos mais próximos é necessário que entendamos qual mecanismo vamos usar para isso: se presencial, se via redes sociais (e qual delas), se via telefone, se através de alguém que conhece a pessoa. Se for alguém que acessa pouco as redes sociais, por exemplo, elas não poderão servir como fonte de captação, afinal se pouco atenção for dada a ela, dificilmente haverá algum tipo de resposta para alguma abordagem. Se for alguém que ministra aulas na instituição que estudamos e notarmos que não é uma pessoa antipática, o ideal é a abordagem pessoal. E assim por diante.

Pesquisando onde os ex-colegas de turma estão trabalhando

Você sabe onde os seus ex-colegas de escola, do curso técnico ou da faculdade estão? Sabe o que estão fazendo, quais áreas seguiram? Pois é.... esse é um ponto fundamental para a recolocação. Muitos deles podem estar em cargos de gestão e que podem nos oferecer uma grande oportunidade, principalmente se a área de atuação for de difícil acesso. O interessante desse tipo de iniciativa é que essas pessoas já o conhecem, diferente de quando houver uma abordagem "fria" (de quem ainda não conhecemos). Esse conhecimento pode facilitar as coisas e precisamos levar em consideração.

Podemos iniciar essa busca através de uma única pessoa. Com o primeiro contato feito com ela, provavelmente tenha comunicação com outras pessoas da mesma turma. É como um trabalho de rede que vamos estendendo de pessoa para pessoa. O A pode não ter o contato do K. Mas o B pode ter. É assim que precisamos montar essa lista para que possamos colher as informações necessárias para sabermos onde cada um está e o que estão fazendo em suas vidas profissionais.

Rebaixar o cargo pode ser uma saída?

Absolutamente não. Por mais que tenhamos a ideia de que estamos em uma área difícil e que reduzindo o cargo que temos experiência pode aumentar as possibilidades, isso também é um mito. Mesmo que a área seja difícil e com menos vagas, a concorrência também é menor, pois proporcionalmente áreas mais complexas possuem menos profissionais capacitados tecnicamente para atuar. Sendo assim, há menos vagas mas também há menos concorrentes.

Considerando isso, devemos manter a linha de atuação no cargo que temos como experiência. Pode levar um tempo maior de busca para alcançar o objetivo, entretanto, essa demora é natural para o momento que estamos passando. Bater na tecla é o passo fundamental para isso.

Disparar centenas de currículos?

Por mais que tenhamos a ideia ou até tenhamos ouvido falarem de que quanto mais currículos espalhados no mercado a probabilidade de sucesso aumenta para o chamado de uma entrevista, isso é mito popular. Há mais eficiência em alguns poucos contatos feitos com as pessoas do que o disparo de centenas de currículos. Isso ocorre porque quando há o disparo em massa nem sempre chega em quem deveria. Além disso, o servidor de e-mail pode identificar a ação como spam, o que vai caracterizar muitos dos e-mails enviados como envios em massa, o que tende a classificar o seu e-mail para a caixa de spam, dificultando o acesso de quem recebe, que quase sempre nem vai saber que o e-mail está lá.

A internet é um recurso poderoso que podemos saber quem são os(as) gestores(as) de empresas. Em um sistema de busca conseguimos identificar muitos(as) deles(as). Em redes sociais podemos achar essas pessoas e partir para os contatos próximos, que vão gerar mais resultados do que envios em massa, principalmente se a área for fechada e com poucas vagas disponíveis no mercado.


Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

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