Pesquisadora do Inpa é uma das 15 agraciadas ao prêmio de jovens talentos em Paris

Foto: Divulgação/Inpa

“Precisamos repensar os nossos hábitos se quisermos deter o avanço no aquecimento global e preservar a biodiversidade em longo prazo”. Com este apelo a pesquisadora Fernanda Werneck, 35, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) irá a Paris, na próxima terça-feira (21), para ser uma das 15 agraciadas na edição internacional da premiação Rising Talents. Em 2016, a pesquisadora venceu o prêmio Para Mulheres na Ciência, pela L’Oréal, juntamente com a Unesco e a Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Mestre em Ecologia pela Universidade de Brasília e doutora em Biologia Integrativa pela Brigham Young University, Fernanda Werneck é pesquisadora do Inpa desde 2013 e lidera uma pesquisa sobre os efeitos das mudanças climáticas nos riscos de extinção e capacidade adaptativa das espécies de lagartos da Amazônia, do Cerrado e da zona de transição entre esses biomas. O objetivo é aumentar o conhecimento sobre a diversidade biológica de áreas ameaçadas resultando em dados relevantes para a conservação.

A pesquisadora investiga, especialmente, a resposta que os répteis dão às mudanças climáticas e os riscos de extinção de diferentes espécies e populações, além do papel de elementos da paisagem do ecótono Amazônia-Cerrado em determinar a variação da diversidade genética e em selecionar regiões do genoma, o que poderia indicar potenciais adaptativos diferenciais aos efeitos de mudanças climáticas. “Esses animais dependem muito de temperaturas ambientais para regular a temperatura do corpo e são mais suscetíveis às mudanças”, diz Werneck.

Foto: Divulgação/Inpa

Sobre o prêmio

Por muito anos, o programa L’Oréal-Unesco-ABC para as Mulheres na Ciência reconheceu a importância de destacar e apoiar as realizações de jovens pesquisadoras que estão nos estágios iniciais de suas carreiras científicas, além de honrar cientistas de renome.

Em 2014, o programa L’Oréal-Unesco For Women in Science criou o Internacional Rising Talentes, concedido anualmente a 15 estudantes de doutoramento, de pós-doutoramento ou pesquisadoras no início de suas carreiras.

Desde o começo, ficou claro que através dos prêmios, essas jovens cientistas conseguiram o reconhecimento crescente de que seu talento merecia, mas nem sempre recebia, tanto dentro de seu país quanto por seus pares. Os organizadores do prêmio acreditam que essas jovens mulheres têm o poder de mudar o mundo e o reconhecimento ajudará a garantir que elas alcancem todo o seu potencial.

As vencedoras do Internacional Rising Talents foram escolhidas entre as vencedoras dos prêmios nacionais na África e Estados Árabes, Ásia-Pacífico, Europa, América Latina e América do Norte.

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