Pesca no Rio Amazonas pode diminuir a oferta de peixes na região

Foto: Divulgação/Fapeam

O consumo de peixes de água doce provê para mais de 158 milhões de pessoas o consumo diário de proteína animal. De acordo com pesquisa publicada na revista científica internacional Nature, áreas de alta biodiversidade, como na Amazônia, têm sofrido uma intensa pressão pesqueira que pode colocar em risco a sustentabilidade de espécies nestas regiões.

Pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, utilizaram dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) para construir um mapa global sobre o índice de pescarias fluviais. Segundo o artigo, a atividade em água salgada sempre é mais visada pelos ambientalistas. Entretanto, de acordo com os dados, também há uma concentração relevante de atividades pesqueiras nos rios Amazonas, Níger e Mekong. Rios nos Estados Unidos e na Europa apresentam registros menores que o esperado.

“A pesca intensiva nos rios mais biodiversos levantam preocupações sobre a conservação. Muitos outros geradores de stress também ameaçam as pescarias fluviais de alto rendimento. Em termos humanos, as nações pobres dependem muito mais da pesca de água doce, do que da aquicultura ou de fontes marinhas”, afirma a pesquisa.

O aumento da atividade pesqueira e o declínio no número de peixes de água doce na Amazônia e em outros lugares de alta biodiversidade podem gerar uma catástrofe para a segurança alimentar de milhares de pessoas, segundo o artigo. “Esta intersecção entre a pobreza, a insegurança alimentar, a biodiversidade e as ameaças dos ecossistemas sugere uma necessidade urgente de melhorar a gestão das pescas em benefício dos seres humanos e dos peixes”, justifica o artigo.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Direto do Azerbaijão, árvore que simboliza passagem das atividades da COP29 para a COP30 será entregue em Belém

O Ministro do Turismo, Celso Sabino, fez troca simbólica com o plantio de uma muda de romã, na tarde do dia 22 de novembro. Árvore é típica do atual país anfitrião.

Leia também

Publicidade