O Projeto vai trabalhar com camu-camu e os frutos das palmeiras de açaí, bacabá e patauá
Aprimorar tecnologias na obtenção e verificar o efeito de bebidas à base de frutos amazônicos. Este é o objetivo do novo projeto da pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) Francisca das Chagas do Amaral Souza, que foi aprovada no Programa de Bolsas de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O trabalho busca desenvolver bebidas, como shake – de camu-camu (rica em vitamina C), açaí, bacabá e patauá, além de avaliar o efeito desses produtos biotecnológicos para reduzir taxas elevadas de colesterol no sangue e obesidade abdominal.
As Bolsas DT financiadas pelo CNPq são destinadas a pesquisadores que se destaquem no desenvolvimento tecnológico, indução e disseminação de inovação e empreendedorismo de base tecnológica.
Alimentação Saudável
No projeto serão trabalhadas espécies com potencial econômico tecnológico, nutricional e funcional como o grupo das arecaceaes: bacaba (Oneocarpus bacaba Mart.), patauá (Oneocarpos pataua) e açaí (Euterpe oleracea Mart.), assim como as mirtaceaes dentre eles, camu-camu (Myrciaria dubia (Kunth) Mac vaugh), frutos nativos, tipicamente Amazônicos e de uma singularidade ímpar.
Segundo Souza, normalmente esses frutos são subaproveitados, com uso direcionado principalmente ao consumo direto, e necessitam de novas tecnologias em relação ao processamento que possibilitem aumento da vida de prateleira e melhor utilização. “Neste contexto, compõe o leque de atividades a serem implementadas o processamento das arecaceaes para fins de obtenção de óleos e torta residual e das mirtaceaes para fins de obtenção de bebidas, assim como o impacto da utilização desses produtos na redução de colesterol e triglicérides”, explicou a pesquisadora.
Reconhecimento
Na última década, o Grupo de Alimentos e Nutrição do Inpa se dedicou a estudar as propriedades e funcionalidades de frutos nativos, espécies que têm participação na economia do setor agrícola da região. A proposta agora é agregar valor a alimentos existentes e na elaboração de novos produtos regionais, nutritivos e funcionais.