Barros salientou ainda que o monitoramento continua. “Apesar da vazante temos que continuar trabalhando, agora que iniciaram as vazantes temos que fazer outros trabalhos ainda mais complicados até que o inverno amazônico acabe”, afirmou.
Cheia no Juruá
Desde o início da semana, o nível do Rio Juruá tem apresentado vazante. Após atingir a maior cheia dos últimos 22 anos, o nível do rio começou a baixar com rapidez. O manancial chegou a 13,78 metros na segunda (6), uma vazante de 25 centímetros já que no dia anterior o manancial marcava 14,03 metros. O rio já havia baixado quase 10 centímetros entre a tarde de sexta-feira (3) e às 12 horas do sábado (4).
Rio Tarauacá
O rio Tarauacá também baixou em grandes proporções na última semana. No dia 30 de janeiro o rio estava em 10,50 metros e nesta segunda (6), marcou 5,80 metros. Segundo a Defesa Civil no município, ao menos 16 mil pessoas foram atingidas pela enchente. O rio continua abaixo da cota de alerta, que é de 8,50 metros e de transbordo de 9,50 metros.
Após a vazante, cerca de 500 imóveis que foram atingidos pelas águas dos rios Muru e Tarauacá foram fiscalizados. Ainda segundo o órgão, como os rios se encontraram, o nível do Rio Muru não é monitorado. O coordenador da Defesa Civil da cidade, Jyensveferpher Jardim, informou que cerca de três mil casas foram atingidas pela enchente, porém, pouco mais de 16% precisou passar por fiscalização.
A cidade de Tarauacá enfrentou uma série de enchentes históricas há dois anos. Foram 12 ocorrências entre novembro de 2014 e março de 2015. O ex- prefeito da cidade, Rodrigo Damasceno (PT-AC), chegou a decretar estado de calamidade pública em novembro de 2014. O nível do rio ultrapassou os 12 metros e atingiu mais de 70% da cidade.
Situação dos rios
Nesta terça-feira (7) o Rio Acre, na capital, permanece em vazante e registrou a cota de 7,41 metros, segundo monitoramento da Defesa Civil Municipal. Igarapés e áreas de risco também são monitorados na capital. Já em Assis Brasil o rio encontra-se com 3,33 metros de profundidade. Enquanto em Brasileia, a cota é de 1,68 metros.
O Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, continua vazando. Nesta terça-feira (7), registrou a cota de 13,43 metros. O monitoramento é realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre. O manancial já desabrigou 103 famílias e desalojou outras 743 – totalizando, 846 famílias removidas de suas residências – atingindo diretamente 3.796 pessoas em Cruzeiro. Na área urbana 11 bairros foram atingidos pelas águas e na área rural dois. Em Rodrigues Alves, o Rio Juruá já desabrigou mais de 200 famílias.
O governo do Acre, por meio da Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Departamento de Saneamento e Pavimentação (Depasa) e demais órgãos de proteção e defesa, está atuando no monitoramento do Rio Juruá e nos trabalhos operacionais de retida das famílias, além de apoiar o plano de contingência promovido pela Prefeitura de Cruzeiro do Sul.
Na semana passada, o ministro da Integração Helder Barbalho, acompanhado do governador Tião Viana vistoriou as áreas atingidas e prestou solidariedade às vítimas da enchente. O governo federal destinou o montante de R$ 4 milhões ao município.