Ribeirinha apresenta documentário sobre viver na Amazônia em encontro da ONU, nos EUA

A jovem ribeirinha Odenilze Ramos teve documentário sobre a Amazônia exibido, na terça-feira (24), em evento da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque. Filmado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, unidade de conservação gerenciada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema), onde a jovem nasceu, o documentário “Cipó de Jabuti” narra histórias das comunidades da Amazônia.

Odenilze apresentou o documentário ao lado dos dois coautores da obra, Rafael Bittencourt e Guilherme Novak. Participaram também da mostra jovens de Hong Kong, Estados Unidos e da África. Eles tiveram os documentários selecionados pela campanha “MY World 360°”, uma parceria entre a Campanha dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, Digital Promise Global, e a Oculus, que convidou jovens entre os 5 e 24 anos a criar histórias imersivas para partilhar os seus pontos de vista e promover ações positivas em direção aos ODS.

Foto:Divulgação/Governo do Amazonas 

A exibição do documentário “Cipó de Jabuti” foi realizada na Zona de Ação dos ODS, um espaço da ONU durante a Assembleia Geral para engajar parceiros para ações transformadoras em relação aos Objetivos.

Questionada sobre a importância do documentário para a proteção da Amazônia e das comunidades, Odenilze Ramos defendeu a relevância do curta-metragem para contar a realidade das comunidades ribeirinhas do Amazonas. “O filme se relaciona não somente com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de mudanças climáticas, mas também com educação ambiental, igualdade de gênero e redução de desigualdade na região. Ele apresenta o turismo de base comunitária como uma alternativa para combater o desmatamento na Amazônia, uma alternativa genuína e viável para o desenvolvimento sustentável”, destacou.

Documentário

Lançado no dia 12 de agosto, o minidocumentário em realidade virtual “Cipó de Jabuti” foi gravado no coração da Floresta Amazônica, dentro da RDS do Rio Negro, uma das 42 unidades de conservação gerenciadas pela Sema. A história do curta-metragem narra o cotidiano das comunidades ribeirinhas do Rio Negro, enfatizando como a população local garante um bem-viver entre as pessoas e o ecossistema ao redor delas.

O minidocumentário aborda os temas de sustentabilidade, redução de desigualdades e conservação de tradições regionais. É um trabalho cuja coautoria é compartilhada entre Odenilze Ramos, Rafael Bittencourt e Guilherme Novak, em parceria com membros da Comunidade Global Shapers de todo o Brasil.

Liderança jovem ribeirinha

Estudante de Gestão Pública, ativista socioambiental e integrante do Projeto Jovens Protagonistas, implementado pela Sema na RDS do Rio Negro, Odenilze tem 22 anos e esteve envolvida no processo de apoio à elaboração do roteiro do curta-metragem. Por ser amazônida, usou a história da sua criação na comunidade para apresentar a Amazônia por meio da sua gente, trazendo as pessoas e histórias dos ribeirinhos como parte fundamental da floresta.

Odenilze Ramos nasceu e cresceu na comunidade Carão, na RDS do Rio Negro. Desde a adolescência, ela participa de projetos de empoderamento comunitário e formação de lideranças jovens na floresta. Além de ser uma das mobilizadoras do Projeto Jovens Protagonistas, implementado na RDS do Rio Negro pela Sema, com recursos do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), ela passou também por formações do projeto Repórteres da Floresta, realizado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) em parceria com a Sema.

Em seu novo projeto, Odenilze, junto a outros jovens moradores da unidade de conservação, criou um manifesto, que deu origem ao movimento “Somos Filhos da Floresta”, para falar da relação entre exploração e desigualdade social na Amazônia, a partir da ótica de quem mora e conhece a realidade local.

Assista ao documentário:

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