Inicialmente, a polícia divulgou que 15 pessoas tinham ficado feridas. Com base na declaração das testemunhas, a polícia acredita que pelo menos oito homens encapuzados participaram da ação criminosa. Suspeitos teriam disparado vários tiros na Rua Nova II, em um bar cheio de clientes.
Os moradores da área relataram que os atiradores cercaram o quarteirão, dispararam tiros por todos os lados e que paredes e portões ficaram com marcas. Uma das crianças baleadas estava na porta de um comércio, que também foi alvo de muitos disparos.
Duas vítimas foram identificadas: Jairo Lobato Pimentel e Evandro Santos Sá. Segundo moradores, nenhuma vítima do tiroteio tinha envolvimento com a criminalidade.
Investigação
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), informou em nota que já desencadeou uma série de medidas para esclarecer as circunstâncias, motivações e responsabilidade pela ação criminosa.
Uma equipe de policiais da Divisão de Homicídios, juntamente com peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC), iniciou o trabalho de levantamento no local. Os corpos das vítimas chegaram na sede do CPC por volta de meia-noite e meia.
Ainda de acordo com a Segup, a Polícia Militar intensificou ações de buscas nos bairros da Cremação, Jurunas e Condor. Barreiras e operações de saturação nas três áreas estão mantidas com militares do Comando de Missões Especiais (CME).
Inquérito em Pau D’Arco
A Polícia Federal do Pará (PF) recebeu na terça-feira (6) o despacho que determina o envolvimento do órgão nas investigações de outra chacina, a ocorrida na fazenda Santa Lúcia, no dia 24 de maio, em Pau D’Arco, no sudeste do Estado.
De acordo com a PF, já foram realizadas diligências preliminares, especialmente solicitações de cópias dos documentos e provas produzidos pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Polícia Civil. A partir da análise preliminar dessas informações, serão definidas as demais providências. O inquérito está a cargo da Delegacia de Polícia Federal em Redenção, no sudeste do estado.
No dia 24 de maio, dez pessoas foram mortas durante uma ação das polícias civil e militar que tinha como objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento na morte de um dos seguranças da fazenda. De acordo com os policiais, as mortes ocorreram durante troca de tiros com os posseiros. Sobreviventes relatam que a polícia atirou sem provocação.