O Pará é o segundo estado com mais empregadores na lista suja do trabalho escravo. A informação foi publicada pelo Ministério Público Federal. Dos 131 estabelecimentos que aparecem no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições semelhantes às de escravo, 16 estão no Pará e são, em sua maioria, fazendas. Minas Gerais lidera a nova lista com 42 infratores.
Minas também lidera com trabalhadores resgatados: foram 1008 casos. Paraná está na segunda posição, com 156 trabalhadores escravizados e o Pará em terceiro com 116 pessoas na mesma situação.
O Ministério Público tomou como base a lista divulgada no último domingo pelo programa Fantástico, da TV Globo. Procurado, o Ministério do Trabalho informou que lista não foi divulgada por eles, no entanto, não negou a veracidade do documento.
Nessa terça-feira (24) uma decisão da Justiça do Trabalho do Distrito Federal obrigou a divulgação oficial imediata do cadastro pelo Ministério. No último dia 16, o Governo publicou uma Portaria em que alterava as definições de trabalho escravo e as regras para se fiscalizar a infração, e para publicar a lista suja. Alvo de críticas, a Portaria foi suspensa em decisão liminar da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal.
A lista suja existe desde 2003 e é uma relação de empreendimentos em que houve flagrante de trabalho escravo e cujos responsáveis foram condenados. Caso não reincidam em dois anos, o nome dos infratores sai da lista.