Novo ministro da Justiça tem indígenas e fronteiras como prioridade

Foto: Divulgação/Presidência da República

O presidente da República, Michel Temer, deu posse nesta quarta-feira (31) ao novo Ministro da Justiça e Segurança Pública. O ex-ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, Torquato Jardim, foi empossado em cerimônia no Palácio do Planalto. O novo ministro já foi assessor do Supremo Tribunal Federal, ministro e secretário-geral da presidência do Tribunal Superior Eleitoral.

Segundo o presidente Temer, o novo ministro tem o perfil técnico necessário ao cargo. “Com seu perfil técnico, você combina serenidade, firmeza, tem compromisso inequívoco com a Constituição. Você lê a Constituição, não só lê como interpreta”, afirmou o presidente durante a cerimônia.

Em entrevista a CBN, quando questionado sobre suas prioridades como novo ministro da Justiça , Torquarto falou sobre suas principais preocupações no momento. “A pasta é muito grande, mas de maneira geral a questão indígena é crucial, um compromisso brasileiro com o bem estar das populações”, afirmou.

Recentemente uma série de ataques a indígenas aconteceu em Estados brasileiros. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), no início de maio a aldeia dos indígenas Gamela foi atacada por homens armados com facões e armas de fogo. Um dos indígenas teve uma mão decepada, o joelho cortado e teve uma bala alojada na coluna e outra na costela.

Segundo dados do último relatório sobre a violência contra povos indígenas no Brasil, de 2003 a 2015, somente no Estado do Mato Grosso foram mais de 891 mortos, um aumento de 47%. Ataques a terras indígenas, a pouca assistência do poder e o aumento de suicídios são apenas alguns dos problemas levantado pelo relatório.

Fronteiras

Outro problema levantado pelo ministro é a segurança pública voltada para as fronteiras. “O presidente Michel Temer me pediu para trabalhar com a segunraça pública, em questões como drogas, contrabando e fronteiras. O Brasil tem mais de 16 mil quilômetros de fronteiras, é quase impossível bloquear todos os canais da ilicitude do crime”, afirmou o ministro.

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