Vinte e cinco proprietários de dragas foram denunciados por exploração ilegal de ouro e outros minérios no Rio Madeira. O crime ambiental teria corrido no município de Humaitá, distante 590 quilômetros de Manaus. Os acusados foram identificados durante de fiscalização em outubro do ano passado.
As dragas que faziam a retirada ilegal de ouro estavam montadas sobre botes. Motores marítimos a diesel alimentavam bombas centrífugas que sugavam o cascalho e peneiravam o material. A apuração final era feita com o auxílio de bateia e o uso de mercúrio – um perigo inclusive para a saúde dos peixes e moradores ribeirinhos.
De acordo com o Ministério Público Federal – autor da denúncia -, no momento da fiscalização, os proprietários das dragas não apresentaram permissão para fazer a garimpagem.
Após essa operação, carros, embarcações e prédios do Ibama e do ICMBio, foram incendiados e servidores ameaçados, em represália à fiscalização. Em dezembro, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas liberou o garimpo na área, mas Justiça Federal suspendeu as licenças de operação concedidas pelo órgão para a exploração de ouro no leito do Rio Madeira, nos municípios de Novo Aripuanã, Manicoré, Borba e Humaitá, região sul do Amazonas.