Morre em Belém o cacique Krôhôkrenhum, líder do povo Gavião

  

cacique Gavião Krôhôkrenhum. Foto: Márcio Ferreira/Agência Pará

Um dos mais importantes líderes indígenas da Amazônia, o cacique Gavião Krôhôkrenhum, também conhecido como ‘Capitão’, morreu na madrugada desta quarta-feira (19) no Hospital Adventista de Belém, por complicações derivadas de uma tuberculose.

“O Capitão, como era respeitosamente chamado, optou sempre pelo fortalecimento do seu povo e das suas tradições, em defesa do território, sem abdicar do acesso ao conhecimento do ‘branco’’ para fortalecer seus ideais”, comentou Adelina Braglia, coordenadora do Núcleo de Apoio aos Povos Indígenas, Comunidades Negras e Remanescentes de Quilombolas (Nupinq), vinculado à Casa Civil.

Adelina lamentou a morte do cacique, lembrando que a liderança dele era catalisadora dos interesses de todo Povo Gavião, que habita oito aldeias da Terra Indígena Mãe Maria, a 30 quilômetros de Marabá, no município de Bom Jesus do Tocantins.

Citando palavras do próprio cacique, Adelina Braglia destaca o modo próprio do líder conduzir seu povo: “É verdade, o tempo que nós vivemos é outro. Tudo tem que ser pensado com calma. Tem que pensar no trabalho total, não pode pensar em si. Tem que trabalhar em conjunto”, dizia Capitão.

Representantes da Aldeia Parkatejê, local de origem do cacique, participam do Grupo de Trabalho criado pelo Governo do Estado para discutir a criação de políticas públicas em benefício das comunidades indígenas. O grupo funciona sob supervisão da Secretaria Extraordinária de Integração de Políticas Sociais (SEIPS) e coordenação do Nupinq.

O corpo de Krôhôkrenhum foi trasladado para Marabá e segue para a Aldeia Parkatejê, onde será velado a partir das 20h.

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