Da Paris dos Trópicos aos dias de hoje

Por ter uma posição estratégica, e para demostrar a presença lusitana e fixar domínio português na região amazônica, Manaus foi criada no século XVII à margem esquerda do Rio Negro, onde começou a ser construído o Forte da Barra de São José, idealizado pelo capitão da artilharia Francisco de Mota Falcão, em 1669, ano convencionado como de nascimento da cidade.
O povoado ao redor do Forte se desenvolveu. Ficou conhecido como Lugar da Barra, posteriormente Vila da Barra, e em 24 de outubro de 1848, cidade da Barra de São José do Rio Negro, mas em 04 de setembro de 1856, passa a se chamar cidade de Manaus.
O nome lembra a tribo indígena dosManáos, que habitavam a região onde hoje é Manaus antes de serem extintos por conta da civilização portuguesa, e seu significado é “mãe dos deuses”.Em 1870, Manaus incia seu significativo desenvolvimento com o ciclo da borracha, encerrando em 1913, em virtude da perda do mercado mundial para a borracha asiática, com isso, a cidade entra em um novo período de isolamento, até que em 1967 é dada a largada para o desenvolvimento da Zona Franca de Manaus.    
Cidade na década de 60. (Foto: IBGE)
Ao longo desses 348 anos a bela cidade conhecida como Coração da Amazônia, foi crescendo e de uma pequena vila se tornou hoje, segundo dados desse ano do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a 7ª maior capital brasileira com uma população de 2.130.264 pessoas, e grande maioria dentro da área urbana.
É cidade grande, e tem os mesmos problemas de quase toda metrópole no país, transporte, educação, saúde e segurança. 

Arena da Amazônia, e ao fundo Zona Oeste da cidade. (Foto: Chico Batata / Cedida)
Ainda segundo o IBGE, Manaus tem uma média de rendimento per capita de 3,1 salários-mínimos, com 26% da população ocupada, contra 37,9 % da população ganhando até ½ salário-mínimo.
Na educação, a taxa de escolarização de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos é de 94,2 %. 

Foto: Chico Batata / Cedida
Na economia, o Produto Interno Bruto (PIB) de Manaus representa a 6ª maior economia dentre as capitais do país, com produção de mais de R$ 67,57 bilhões. E o grande condutor dessa riqueza é a Zona Franca de Manaus, que completou em 2017, 50 anos. 

Foto: Reprodução / Rede Amazônica
Na saúde, segundo o IBGE, Manaus tem a taxa de mortalidade infantil média de 13.8 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 1 para cada 1.000 habitantes. E segundo a secretaria municipal de saúde (SEMSA), apenas 40% da cidade é coberta pelo Programa de Estratégia Saúde da família e 60% de atenção básica. 62.4% de domicílios tem esgotamento sanitário adequado, 23.9% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e apenas 26.3% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio).

Ponte Jornalista Phelippe Daou liga Manaus à Iranduba. (Foto: Diego Oliveira / Portal Amazônia)
Segundo o ranking da ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal divulgado esse ano, Manaus está na 46ª posição de 50 cidades mais violentas do mundo. E segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), foram registrados 2,9 mil assaltos a ônibus em Manaus entre janeiro e setembro, deste ano.
São 348 anos, e os desafios… grandes.
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