A Eletrobras informou que o serviço a ser contratado para os estudos do inventário consideram os trechos binacionais dos rios Mamoré, Guaporé/Itenez e Abunã, além de parte do rio Beni, na Bolívia. Será avaliado o potencial hidrelétrico após a identificação da melhor alternativa de aproveitamento hidrelétrico ao menor custo, com o mínimo de impactos socioambientais e retornos socioeconômicos. Essas exigências estão incluídas no termo de referência que será disponibilizado aos interessados na licitação.
O gerente do Departamento de Expansão Internacional da Eletrobras, Marcos Barbosa de Oliveira, disse que a partir dos estudos, a Ende e a estatal brasileira vão poder conhecer, em detalhes, o potencial hidrelétrico na região de fronteira. Conforme afirmou à Agência Brasil, o objetivo é fazer com que “as empresas possam identificar o local mais apropriado para eventual desenvolvimento de um projeto hidrelétrico binacional, contribuindo para o processo de integração elétrica entre Brasil e Bolívia, e o aumento da oferta de energia para os países da região”.
Edital
A companhia destacou que o estudo terá como base de referência o Manual de Inventário Hidrelétrico de Bacias Hidrográficas, do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) da Eletrobras, e levará em conta o escopo de estudos no nível de pré-viabilidade. Para receberem o edital, as empresas interessadas, depois de preencherem o formulário de manifestação de interesse, devem encaminhá-lo à CAF.
De acordo com a Eletrobras, a licitação é resultado de convênio assinado pelas empresas e pelo banco, em novembro do ano passado, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Estavam presentes o presidente boliviano, Evo Morales; o ministro de Hidrocarburos y Energía da Bolívia, Luis Alberto Sánchez; o ministro de Minas e Energia do Brasil, Fernando Coelho Filho; e representantes dos ministérios de Relações Exteriores dos dois países. Pela Eletrobras, estavam o presidente, Wilson Ferreira Júnior, e o superintendente de Operações no Exterior, Pedro Jatobá.