13° PM suspeito de chacina no Pará se entrega

Foto: Reprodução/Agência Pará

A Justiça do Estado do Pará determinou a prisão preventiva de 13 policiais suspeitos de envolvimento na chacina de Pau D’Arco, em maio. Doze haviam sido presos na segunda-feira (10) e o último que faltava, o cabo da Polícia Militar Ricardo Moreira, entregou-se à polícia nesta terça-feira (11).

De acordo com reportagem do G1 Pará, ele se entregou ao comando da PM em Redenção, no sudeste do Pará, e foi transferido ainda nesta terça para Belém, conforme informado pela Secretaria de Segurança Pública do Pará.

A Justiça do Estado do Pará acolheu o pedido de prisão temporária feito pelo Ministério Público do Pará (MP-PA) contra 11 policiais militares e dois civis por suspeita de participação na morte de dez trabalhadores rurais que ocupavam a fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco, sudeste do Estado, no dia 24 de maio. A prisão temporária tem validade de 30 dias, e pode ser prorrogada por mais 30.

Nove policiais, um civil e oito militares, se apresentaram na segunda-feira (10) em Redenção. Eles foram levados para Belém e se juntaram a outros três suspeitos, um civil e dois militares, que já estavam na capital e se apresentaram. Os doze detidos estão divididos entre o Batalhão de Polícia Ambiental, o Batalhão Penitenciário e o de Choque e já estão à disposição da Polícia Federal e das corregedorias da PM e da Polícia Civil.

Em entrevista coletiva, o secretário de segurança do Pará, Jeanot Jansen, informou que não ficou surpreso com o pedido de prisão temporária dos policiais. Ele informou que irá aguardar a conclusão do inquérito para se manifestar sobre o caso.

Membros do MP-PA concederam uma entrevista coletiva no final da tarde de segunda-feira (10) em Belém e informaram que as investigações do caso indicam crimes de execução cometidos por agentes da segurança pública, com base nas delações premiadas de dois policiais civis que participaram da ação.

Segundo a delação, PMs cercaram os agricultores e os perseguiram pela mata fechada dentro da fazenda. Os policiais civis contam que encontraram cadáveres no chão quando chegaram ao local do crime, além de pessoas feridas, algumas delas algemadas e ainda vivas.

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