A base estratégica em Kayanau já permitiu mais de 50 atendimentos em saúde e nenhum caso de malária foi detectado.
Todos os dias às 17 horas, os órgãos do Governo Federal que atuam no processo de desintrusão na Terra Indígena Yanomami retornam à Casa de Governo, em Boa Vista, para o balanço das operações do dia. No fim de abril, dados das Forças Armadas foram divulgados: um grupo de 57 militares atuaram na implantação de uma importante base de apoio numa das regiões mais afetadas pelo garimpo, a Kayanaú, onde o Estado Brasileiro ainda não estava presente.
A base implantada na quarta-feira já recepciona as comunidades indígenas e mais de 50 atendimentos de saúde foram realizados pela Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde. Ela será compartilhada com a Força Nacional de Segurança Pública (FNS), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal (PF).
De acordo com o Ministério da Defesa, mais uma base está prevista para ser erguida na TIY. Com previsão de início de montagem em maio, esta ficará na região de Pakilapi, local também sensível em que o garimpo resiste.
“A presença do Estado Brasileiro chegará a mais este ponto para que as políticas públicas sejam permanentes. Esta é a determinação do presidente Lula. Estamos atuando com inteligência e integração dos órgãos federais para estrangular a logística do garimpo, e garantir os serviços essenciais aos indígenas”,
afirmou o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino.
Destruição de infraestrutura do garimpo
O diretor relatou que sem logística e sem equipamentos, “os garimpeiros ficam de mãos atadas”. A Polícia Federal com o apoio do Exército Brasileiro, realizou a destruição de quatro balsas e três motores na região do Rio Catrimani. A identificação do local onde esses equipamentos estavam foi feita pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM).
Desde o início de março, sob a coordenação da Casa de Governo, as equipes de diferentes ministérios e órgãos do Governo Federal realizaram 462 operações. Os números do extrato deste trabalho são positivos, com a destruição de 75 acampamentos, 263 motores, 56 geradores e 17 balsas. As ações continuam sendo realizadas com a participação da PF, do IBAMA, da PRF, da FNS e das Forças Armadas.