Dito isto, fica mais fácil ouvir um termo tão estranho: entomofagia. A expressão vem do grego e significa, em tradução livre, “comer insetos”, uma prática cultural mais próxima do que parece à primeira vista. O primeiro grande exemplo vem dos países asiáticos, sempre mostrados em todo seu exotismo, com pessoas saboreando na rua espetinhos com grilos, baratas, larvas, escorpiões, etc.
Convivemos no dia-a-dia com insetos mais do que imaginamos. É sempre bom lembrar que, em se tratando de alimentação, nunca é demais termos sempre maiores informações ao levamos à boca. Não se trata de causar alarme, medo ou resistência nas pessoas, mas de informá-las, orientá-las e acima de tudo conscientizá-las.
Outro dado interessante: produtos como iogurte, balas de goma, gelatinas, entre outros, são coloridos com um aditivo alimentar chamado Corante Carmim. Este elemento é obtido a partir do processamento industrial de um inseto hemíptero, parente dos pulgões e cigarras, chamado Cochonilha (Dactylopius coccus). O mercado de tintas e cosméticos também utiliza este produto para o mesmo fim.
Finalmente, cabe ressaltar um estudo da FAO (Agência da ONU para Alimentação e Agricultura) que em 2015 afirmava: “O uso de insetos como alimento, tanto para humanos quanto para nutrição animal confere muitos benefícios ao meio ambiente, à saúde, à sociedade e como meio de subsistência”. Sabendo que o mercado de insetos comestíveis (quer dizer, destinados exclusivamente para este objetivo) movimentará 1 bilhão de dólares até 2022, talvez fique mais fácil aceitar um brigadeiro de larva ou uma salada de formigas com mais boa vontade do que antes, não?
Para saber mais, conheça a RDC nº 14/2014, disponível no Portal ANVISA: www.anvisa.gov.br.